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n ... quero encontrar a ilha desconhecida, quero saber quem sou quando nela estiver, Não o sabes, Se não sais de ti não chegas a saber quem és, O filósofo do rei, quando não tinha que fazer, ia sentar-se ao pé de mim, a ver-me passajar as peúgas dos pajens, e às vezes dava-lhe para filosofar, dizia que todo o homem é uma ilha (...) tu que achas, Que é necessário sair da ilha para ver a ilha, que não nos vemos se não nos saímos de nós... n
De Saramago só conhecia os romances, este é o primeiro dos seus contos que leio. É uma linda alegoria sobre desejo de embarcar numa viagem de auto-conhecimento e de conhecimento do outro que caminha ao nosso lado através do mar que é a vida. E, tratando-se de Saramago, não pode faltar a pitada de crítica social e política sempre presente nas suas histórias, neste caso dirigida a poderes excessivamente hierarquizados e burocratizados.
E mais não convém dizer. Apenas que o final é tão bonito!