Community Reviews

Rating(3.9 / 5.0, 99 votes)
5 stars
30(30%)
4 stars
32(32%)
3 stars
37(37%)
2 stars
0(0%)
1 stars
0(0%)
99 reviews
April 25,2025
... Show More
Há tanto que andava a adiar a leitura deste livro,...e nem sei bem porquê, gostei de todos os outros livros que li de José Saramago, mas este, mesmo sem saber muito do seu conteúdo, deduzi que seria mais "pesado e chato"...
E não é que adorei?!!
A escrita é cativante, a linguagem tem o poder especial de tudo iluminar... e aquela tão indicada crítica sobre a sua pontuação(ou falta dela), torna-se para mim, aquela velha máxima de o que é estranho de início, bem rápido se entranha.
Este livro está repleto daquelas boas e marcantes frases que encaixam tão bem nos valores e discernimento da vida.
"Porque, enfim, podemos fugir de tudo, não de nós próprios."

Depois vem aquela bem mordaz ironia e sarcasmo com que critica vários temas da sociedade daquele tempo, que se encaixam, por vezes, não bem, nos dias de hoje.
Adorei aquela sua arte de transformar vários provérbios populares...
"É para todos, a chuva, quando cai"
"Fazer o bem olhando a quem"...

O contexto histórico primorosamente entrelaçado com a ficção, onde os personagens históricos estão entre os peculiares e fantásticos personagens inventados e onde até uma história de amor acontece...bem visto, ao estilo de Saramago, e sem qualquer toque de novela mexicana, apenas bonita nos detalhes simples...da luz do sol ao brilho misterioso da lua, do nascer ao amadurecer, até ao final de uma vida.

Tudo isto e muito mais, fazem deste livro uma "viagem" magnífica..

Um memorial literário que contém a nossa história e muito mais, e que vale a pena conhecer!
April 25,2025
... Show More
1001 Libros que hay que leer antes de morir: N.º 159 de 1001

En este novela Saramago se propone pintar un fresco de país, Portugal, y una época, el siglo XVIII. No es un cuadro costumbrista, aunque se muestra la vida de todos los estamentos de que se componía la sociedad portuguesa de la época, hombres de Dios con más libido que fervor, una familia real caprichosa y unos nobles que la torean como quieren, una inquisición con brazo secular aún vigoroso, y un pueblo llano al que le dan por culo por todos lados, a veces en nombre de la cruz otras en nombre de la corona. Tampoco es un tríptico del Bosco o una deformación surrealista, aunque hay mucho de mágico y esperpéntico en las descripciones y en las situaciones que se nos narran, algunas de las cuales coquetearían con una ciencia ficción primitiva si no fuera porque fueron ciertas. Ni mucho menos es una pintura negra, pues aún con mucha oscuridad lo luminoso termina por imponerse. Bueno, ya hemos dicho todo lo que no es esta novela. Entonces, qué es. Esta novela es puro Saramago, sin cortar ni adulterar.

Lo mejor de esta novela es la originalidad con que Saramago escribe y crea, su lenguaje sencillo y aplastantemente honesto, con esa candidez y sabiduría mundana que sólo puede resumirse en refranes o dichos populares; su peculiar cadencia, casi musical, que emula a las obras del Siglo de Oro prescindiendo de arcaísmos y retruécanos. Una novela que da gusto de leer no por lo que te cuenta, que es muy divertido, sino por cómo lo cuenta.

El único problema que le encuentro es, paradójicamente, su mayor virtud. Llega un momento, más o menos a la mitad, en que Saramago parece perder el enfoque. Olvida a sus personajes, o al menos los relega a un segundo plano para retomar el suceso que da lugar a la novela. El suceso, por cierto, no puede ser más trivial: el rey prometió a los franciscanos un monasterio en Mafra si lograba Dios regalarle un hijo. A la mitad del libro recuerda esa promesa, y el resto se centra casi exclusivamente en eso. No es la parte más interesante, y puesto que no lo es llega un punto en que ese lenguaje comienza a saturar; lo que a cada bocado era un nuevo carnaval de sabores se vuelve empalagoso. Por suerte, ocurre en un momento en que apenas molesta, pero es lo que le quita esa última estrella.

Leed a Saramago. Así, sin más. Esta no es una conclusión, es una recomendación. No, tampoco: es una orden. Leed a Saramago, o vizcaína entre las costillas.
April 25,2025
... Show More
“E uma nuvem fechada está no centro do seu corpo. Então Blimunda disse, Vem.”

A relação destes os dois é possivelmente das melhores que já li. Tão bem aprofundada e descrita. É Saramago, como pode ser diferente?!
De todos os que li não é dos meus favoritos, mas adorei as críticas feitas. Adoro-te Saramago!
April 25,2025
... Show More
Saramago gerçekten büyük bi yazar. Bazen büyük yazarlar için ilk yüz sayfa sabretmeniz gerekmektedir. Sonrası zaten kendiliğinden akıp gidiyor.
April 25,2025
... Show More
This is Saramago masterpiece.
Historical fiction, fantasy and a complicated love story. A one armed guy and a woman who can see conscience and people’s souls

The narrative style is challenging as always but rewarding if you have the patience. The language is as beautiful as it gets and the sitting is great ( medieval Portugal )
The story is satisfying,The characters are interesting and the plot also good
April 25,2025
... Show More
Saramago é amado por uns e odiado por outros (Leia-se: pessoas que provavelmente nunca pegaram num livro na vida sem ser para a escola, e mesmo assim foi com muita força de vontade, baba e ranho, e que no caso deste, não devem ter passado da 10º página. Ou isso ou não sabem reconhecer um livro bom nem que um lhes mordesse o rabo.)

É tudo.
April 25,2025
... Show More
Lisabon zaudara, zaudara na trulež, a miris tamjana daje nekakav smisao ovome smradu kvarnosti ljudskih tijela, jer duša je miomirisna.

Saramagov stil pisanja miluje oči i dušu poput kakvog delfina koji miluje more. Poslije ove knjige osjećam sve veću potrebu da ga čitam. U početku je bilo teško čitati ga i mislio sam da zadugo neću završiti knjigu, a onda malo po malo počeo je da otvara vrata u neka prostranstva, koja su surova, ali istovremeno i lijepa, a koja takođe daju neke poglede na određene stvari. Jednostavno, počeo je da me zadivljuje. Saramago je nekada ironičan, a nekada i tragičan. Što će reći ironično-tragičan. Istančanost kojom je predstavio dva glavna lika, koja se nalaze u oreolu hijerarhije, zatim njihove patnje za vrijeme inkvizicije u poslije ratnom periodu, njihovo učestovanje u izgradnji leteće mašine koja je i glavna ideja romana i njihov pokušaj segregacije iz svega toga je upečatljiva. Njegova proza na jedan uredan, kulturan, drzak i filozofski način prikazuje situaciju u Portugalu, rekavši da je to zemlja budućnosti, ali i da je to jedan prostački narod s obzirom na vremenski period u kojem se priča odvija. Kada samo pomislim da je dao naziv knjige Sedam Sunaca i Sedam luna i vratim se na na priču iste, prosto da ne povjerujem kakvu veliku insinuaciju je napravio!
April 25,2025
... Show More
"Tanrı'nın sol elinin olmadığını yalnızca ben söyleyebilirim, çünkü onun sağına, sağ eline oturur seçilmişler, Tanrı'nın sol elinden hiç söz edilmez, ne Kitabı Mukaddes, ne Kilise Babaları bundan söz eder, Tanrı'nın soluna kimse oturmaz, boşluktur, hiçliktir, yokluktur, bunun sonucu Tanrı çolaktır."

April 25,2025
... Show More
‘Baltasar and Blimunda’ is the story of the crippled Baltasar and the effervescent Blimunda, who is able to see into the souls of men and their relationship with the priest and pioneer of aviation, Bartolomeu Lourenco. The novel recalls somewhat the magical realist novels of Marquez-the same magical atmosphere, the world imbued with the incandescence of life, with the bewitchment of existence, as the opalescence of Portuguese moonlight permeates the inner lives of the character as the struggle beneath the iniquities of serfdom and the intolerance of the inquisition. There is something other-worldly about the entire novel-although the setting is broadly realistic and some of the characters actually existed, Saramago is trying to capture the world as seen through the eyes of the protagonist, Baltasar for whom the world is a whirlwind of love and passion within which lies Blimunda, or Blimunda who is blessed with the ability to delve into the souls of other people and see their inner essence or Lourenco, who is seeking the secret the flight, as it will elevate him above the mendacity and mundaness of human existence and perhaps even bring him closer to god. All three characters are drunk on life-Baltasar and Blimunda via one another and Lourenco via his fantasies of flight, and this collective inebriation is reflected in the surreal, unpunctuated and completely original writing style-at times ironic and comic and at other times tragic, Saramago is able to capture the vast and endless tapestry of human emotions and existence.

“Over the distant sea, the sun rests like an orange in the palm of one’s hand, it is a metallic disk drawn from the forge and left the forge, its fiery glare no longer wounds the eyes, white, then cerise, red, then crimson, it continues the glow but is now subdued…”

Indeed, Saramago’s fiery and fissiparous pen leaves an indelible mark on the reader, who gets drawn into the magical world and story of a cripple, an enchantress and a priest, whose dreams of flight allow them to soar above the mundaness of the world around them and achieve something miraculous.
April 25,2025
... Show More
Das vontades indómitas que até fazem voar uma passarola, erguer um convento ou procurar incansavelmente quem dá sentido à existência.
Da determinação de vontade traduzida em brilhante escrita e fantástica “contadura”de histórias, tradutoras de um sensível e profundo conhecimento da natureza humana.
De como as obras de arte superam sempre o teste do tempo.
Duas vezes lido, sempre sublime.
April 25,2025
... Show More
Esse livro foi meu primeiro contato com a obra de José Saramago. No começo estranhei a falta de pontos finais pra fechar as sentenças, entre outras normas da gramática portuguesa, mas isso é nada mais que forma e traço de um escritor cheio de estilo. A personagem Blimunda é pura poesia - come o pão pela manhã, mesmo antes de abrir os olhos, para não ver o que as pessoas carregam no íntimo mais verdadeiro; sai colhendo as vontades dos outros para alimentar uma passarola que subirá aos céus... Lindo de morrer.
April 25,2025
... Show More
Bem, cá vamos nós.
Este foi o primeiro livro de Saramago que li e não será, certamente, o último. Apaixonei-me pela escrita deste tão conceituado autor, verdade seja dita. Como se costuma dizer: "primeiro estranha-se, depois entranha-se" e eu tive de adotar os meus métodos para que isso acontecesse. A minha própria mãe presenciou alguns momentos embaraçosos de leituras e releituras em voz alta de diálogos confusos... Mas sobrevivi e adorei a experiência.

Começamos pelo Baltasar e pela Blimunda? A mim, parece-me bem... Adorei a relação destes dois. Um amor ingénuo, puro e cativante que traz ao de cima o melhor dos corações humanos. Se sofri com o final? Oh meus caros, eu tenho um grave problema com personagens fictícias e quando já me tinha conformado com o desfecho da história, o narrador decide lançar a "bomba" nos dois últimos parágrafos. Não soltei nem uma, nem duas nem mesmo três lágrimas... foram aos pares como se elas tivessem sofrido e não se quisessem abandonar umas às outras num momento tão (...) emotivo.
Blimunda e Baltasar, Sete-Luas e Sete-Sóis ficarão para sempre guardados na minha memória.

Quanto ao aspecto crítico da obra... Adorei ler a partir da perspectiva deste narrador tão perspicaz e inteligente. O notório tom sarcástico e ironia propositada em algumas passagens textuais não me seguraram umas boas e agradáveis gargalhadas. A descrição não podia ser mais ousada e adequada ao contexto social da época e o mais interessante, a meu ver, foi sem dúvida o relevo dado aos que vivem na sombra deste Portugal entorpecido da primeira metade do século XVIII. Um povo que vive na penúria, que luta por um país cujo rei usa e abusa do poder lhe fora concedido para satisfazer o seu "pequenino" ego.

Uma grande vénia a este senhor... Muita pena tenho eu de só agora dar valor a este fantástico escritor português! Palmas!
Leave a Review
You must be logged in to rate and post a review. Register an account to get started.