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99 reviews
April 16,2025
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Romanzo storico in perfetto stile saramaghiano, in cui l’autore mescola sapientemente la Storia alta, con vicende della storia portoghese ricostruite con grande rigore e precisione, con la storia bassa inventandosi personaggi popolari di grande spessore ed umanità.

In questo caso la vicenda si svolge nel Portogallo dell’inizio del XVIII secolo. La storia prende spunto dalla costruzione del gigantesco monastero di Manfra, opera immensa che, nelle mire del re portoghese, doveva rivaleggiare con la Basiliza di San Pietro, e che contribuì a dissanguare le casse del regno lusitano. A questa vicenda si intrecciano le vicende dinastiche e lo strapotere del Santo Ufficio e dei vari ordini religiosi, verso i quali l’autore è sempre molto caustico.

Su questo sfondo si innestano le vicende di un misterioso religioso, padre Bartolomeu Lourenço de Gusmão, che mescola scienza e misticismo nel progetto ambizioso di costruire un “uccellaccio”, precursore dei moderni aerei, e dei suoi valenti aiutanti, Baltasar e Blimunda, che sono i veri protagonisti della storia e saranno i custodi del sogno della macchina volante.

Pur essendo un estimatore di Saramago e del suo stile particolarissimo, ho trovato questo romanzo particolarmente complesso ed ho fatto una fatica immane per giungere alla fine.
April 16,2025
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Esse livro foi meu primeiro contato com a obra de José Saramago. No começo estranhei a falta de pontos finais pra fechar as sentenças, entre outras normas da gramática portuguesa, mas isso é nada mais que forma e traço de um escritor cheio de estilo. A personagem Blimunda é pura poesia - come o pão pela manhã, mesmo antes de abrir os olhos, para não ver o que as pessoas carregam no íntimo mais verdadeiro; sai colhendo as vontades dos outros para alimentar uma passarola que subirá aos céus... Lindo de morrer.
April 16,2025
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"Tanrı'nın sol elinin olmadığını yalnızca ben söyleyebilirim, çünkü onun sağına, sağ eline oturur seçilmişler, Tanrı'nın sol elinden hiç söz edilmez, ne Kitabı Mukaddes, ne Kilise Babaları bundan söz eder, Tanrı'nın soluna kimse oturmaz, boşluktur, hiçliktir, yokluktur, bunun sonucu Tanrı çolaktır."

April 16,2025
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The tale is mesmerizing and it casted its spell on me immediately…
The ear has to be educated if one wishes to appreciate musical sounds, just as the eyes must learn to distinguish the value of words.

Baltasar and Blimunda, written in the genre of magical realism combined with an acute social drama, is like the magic music and it is full of miraculous mysticism of words and deeds.
Today’s bread does not eliminate yesterday’s hunger, much less that of tomorrow.

Baltasar and Blimunda is about the insatiable hunger of great love and the avid thirst for knowledge.
What you see here are the sails, which cleave the wind and move as required, this is the rudder, which steers the machine, not at random but under the skilled control of the pilot, this is the main body of the machine, which assumes the shape of a seashell from prow to stern, with bellows attached just in case the wind should drop, as frequently occurs at sea, and these are the wings, which are essential for balancing the machine in flight, I shall say nothing about these globes, for they are my secret, I need only tell you that without their contents the machine would not be capable of flying…

The unknown beckons.
April 16,2025
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Pocos escritores tienen el léxico de J. S. Sin duda un deleite leer sus vastas descripciones y caracterizaciones, pero en este libro en particular y, a diferencia de todos los leídos anteriormente, no encontré la solidez que esperaba. Sus personajes no me resultaron para nada entrañables. Su trama no pasó de ser insulsa y hasta aburrida. El ritmo de esta obra es profundamente lento y abrumador. En definitiva, el libro más flojo que le he leído.
April 16,2025
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Παραδόξως για τον αγαπημένο Σαραμάγκου, κάτι δεν πήγε καλά από την αρχή.
April 16,2025
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Portogallo, XVIII secolo.
Storia e fantasia si fondono e si confondono.
Giovanni V re del Portogallo impegnato a ingravidare la sua sposa. Blimunda la veggente e, il suo grande amore, Baltasar con una mano e un uncino. Padre Bartolomeu e il suo “uccellaccio”, Scarlatti e la musica del suo clavicembalo. Il convento di Mafra da edificare per grazia ricevuta. Settemila soldati a controllare decine di migliaia di uomini che lavorano alla costruzione, qualcuno per scelta, i più per costrizione. Ricchezza e povertà. Piccole gioie e grandi miserie.
L’aria che si respira è quella dell’Inquisizione e della carne che brucia.
Il fuoco arde, incenerisce i corpi.
L’amore rimane perché arde più della fiamma.

“Memoriale del convento” non è un’avventura facile. La via spesso pare tortuosa, richiede attenzione e tempo per dare corpo alle parole. A questo patto, soltanto a questo patto, si potrà godere della sua bellezza assoluta.

P.S. Difficile persino trovare le parole per raccontarlo. Chiudi il libro ed è un tumulto di colori, odori, suoni, sensazioni.
Chiudi gli occhi ed esplodono le immagini.
No, non è possibile spiegare.

Grazie, José.
April 16,2025
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Releitura
Oficialmente esta foi a segunda leitura, mas tenho a certeza de que foram mais.
Continua a ser um deslumbramento.
Seguramente um dos melhores romances históricos que se editaram neste país.
O romance histórico fascina-me. Quando a ficção ‘vai para o futuro’, científica, dizem-na, na ausência de melhor designação, a liberdade do autor é total. Inventa o que lhe trouxer o engenho e a arte e não tem satisfações a dar, nem limites.
O romance histórico é mais complexo. O autor é obrigado a umas certas baias, as do enquadramento (ambiental) e também de uns tantos factos verificáveis, sem o respeito dos quais, os leitores gritarão: anacronismo ou falsidade.
Isso fascina-me.
Que mix tão rico escolheu JS para esta obra-prima: a riqueza Joanina já a definhar, uma Inquisição que foi instrumental para a Restauração, mas que já começa a cansar, o padre visionário que imaginou e construiu a Passarola e os dois personagens maiores, Baltasar e Blimunda, ambos astrais, sete-sóis e sete-luas.
Sublime. Muito bom. Já deveria ter relido/trelido mais cedo, mas a TBR é sempre tão longa…
April 16,2025
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A majestic and oppressive view of Medieval Spain Portugal (as 300 people have told me, LOL!), Inquisition, Christianity, wars and day-to-day distasteful minutiae.

Q:
Men are angels born without wings, nothing could be nicer than to be born without wings and to make them grow. (c)
Q:
Em rei seria defeito a modéstia. (c)
Q:
Vai ajustando nos buracos apropriados da cimalha as figuras dos profetas e dos santos, e por cada uma fez vénia o camarista, afasta as dobras preciosas do veludo, aí está uma estátua oferecida na palma da mão, um profeta de barriga para baixo, um santo que trocou os pés pela cabeça, mas nestas involuntárias irreverências ninguém repara, tanto mais que logo el-rei reconstitui a ordem e a solenidade que convêm às coisas sagradas, endireitando e pondo em seu lugar as vigilantes entidades. (c)
Q:
Fique D. Maria Ana em paz, adormecida, invisível sob a montanha de penas, enquanto os percevejos
começam a sair das fendas, dos refegos, e se deixam cair do alto dossel, assim tornando mais rápida a viagem. (c)
Q:
Não é vulgar em reis um temperamento assim, mas Portugal sempre foi bem servido deles.
Bem servido de milagres, igualmente. (c)
Q:
Então Blimunda disse, Vem. Desprendeu-se a vontade de Baltasar
Sete-Sóis, mas não subiu para as estrelas, se à terra pertencia e a Blimunda. (c)
Q:
...Já aqui estive, já aqui passei, e dava com rostos que reconhecia, Não se lembra de mim, chamavam-me Voadora, Ah, bem me lembro, então achou o homem que procurava, O meu homem, Sim esse, Não achei, Ai pobrezinha, Ele não terá aparecido por aqui depois de eu ter passado, Não, não apareceu, nem nunca ouvi falar dele por estes arredores, Então cá vou, até um dia, Boa viagem, Se o encontrar.
Encontrou-o. Seis vezes passara por Lisboa, esta era a sétima. Vinha do Sul, dos lados de Pegões. Atravessou o rio, quase noite na última barca que aproveitava a maré. Não comia há quase vinte e quatro horas. Trazia algum alimento no alforge, mas, de cada vez que ia levá-lo à boca, parecia que sobre a sua mão outra mão se pousava e uma voz lhe dizia, Não comas, que o tempo é chegado. (c)
April 16,2025
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Nunca consegui perceber a razão porque tantas pessoas parecem não conseguir gostar deste livro. Até consigo entender que, possivelmente, não seja o melhor livro para ter um primeiro contacto com Saramago e talvez não seja a leitura mais fácil para alunos do secundário, altura em que a maior parte das pessoas o lê (e por obrigação, o que também não ajuda) mas também não concordo que devamos "descer ao nível" dos alunos ao dar-lhes apenas livros mais fáceis para ler, para que não se afastem da leitura por causa de uma experiência negativa. Sinto, sinceramente, que foram importantes para mim não só as leituras que considero que fiz na altura certa como aquelas que fiz (ou tentei fazer) sem estar preparada para elas ainda. Fizeram de mim a leitora que sou hoje tanto o "Memorial do Convento" e o "1984" que li na adolescência e mudaram a forma como eu via a literatura, como os livros do Nietzsche e Jean-Paul Sartre que fui buscar à biblioteca da escola e que deixei a meio ou "A metamorfose" de Kafka que só tive maturidade para perceber quando o voltei a ler anos depois. Todas estas experiências, ao invés de me afastarem da literatura, fizeram com que ela me intrigasse mais e que crescesse em mim a consciência de que precisava de ler muitos mais livros para poder atacar esses monstros da literatura, nos quais muita gente inclui os livros de Saramago. E, afinal, sinto que isso não podia estar mais longe da verdade. O "Memorial do Convento" é um monstro da literatura, no sentido em que é uma obra-prima de um dos melhores escritores que Portugal e o mundo conheceram mas não é, de forma alguma, um livro enigmático, aborrecido ou difícil de entender. Em vez disso, é mordaz, é engraçado e crítico de um modo que continua a ser profundamente atual. Se tivesse feito esta review na altura em que o li, talvez tivesse dado 5 estrelas. Folheei o meu exemplar recentemente e quase não há uma única página que não tenha uma citação sublinhada, por me ter identificado com ela, por ter gostado ou simplesmente achado provocadora e/ou engraçada (e sim, vou continuar a insistir que Saramago é engraçado). Hoje dou 4 apenas porque, desde aí, já li mais livros dele e acho que tem outros muito melhores. Contudo, nem que seja apenas por me ter feito descobrir a genialidade deste escritor que se tornou, automaticamente, num dos meus preferidos, este será sempre um livro muito importante para mim e um cuja leitura hei-de sempre defender com unhas e dentes.
April 16,2025
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Tentei ler três vezes. A última foi em 2003. Em todas elas não passei da página 30.
Este ano, ano de centenário decidi tentar uma quarta.
E que leitura foi! Que maravilha. Obrigado José Saramago por este livro. Blimunda quero tanto te abraçar...
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