Community Reviews

Rating(3.9 / 5.0, 99 votes)
5 stars
29(29%)
4 stars
32(32%)
3 stars
38(38%)
2 stars
0(0%)
1 stars
0(0%)
99 reviews
April 17,2025
... Show More
Abandono la novela en la página 296 (casi a la mitad de la historia). Me fascina Dostoievski pero esta obra no me está enganchando y ya se me ha hecho bola.
En 2025 volveré a darle otra oportunidad.
April 17,2025
... Show More
Положението е ,,четеш и ревеш".

Противно на всичките ми очаквания и въпреки явните противоречия с онова, което формално се нарича ,,добър роман", ,,Юноша" е едно от най-хубавите творения на Достоевски. Нито един герой не е класически, нито дори завършен - всички до един са противоречиви, непостоянни, вечно съмняващи се, вечно търсещи правилното, истинското; сюжетът е хаотичен, неразбираем, именно защото функцията му не е да пресъздава обективно реалността - той е воден изцяло от чувството, изцяло от поривите на душата. От класиците (че и от съврменните автори) единствен Достоевски осъзнава в дълбочина онази ,,разнолика, нестройна душа", която носи човекът и която не позволява на автора да изгражда съвършени, плоски образи- сам той казва за тях, че ,,не могат да бъдат художествено завършени". Да вземем например Версилов - герой, който не може да бъде проумян, но който именно затова като жив изпъква пред теб, и от когото не можеш да се оттърсиш. Макар да няма същите литературни достойнства, по изобразяване на човешката душа ,,Юноша" спокойно може да се мери с ,,Братя Карамазови", а по разсъждения за вярата дори далеч го превъзхожда - толкова чисти, неподправени, простодушни и изпълнени с любов думи, че те оставят дълбоко потресен, преизпълнен с тях.

В заключение - това е тайният шедьовър на Достоевски.
April 17,2025
... Show More
Siguiendo con la obra de Dostoevsky, pensé que a este punto no me iba a sorprender nada de lo que escribiera, dado que sus historias se conviertieron en algo muy familiar para mí, pero me equivoqué, no en un mal sentido.

Esta historia es muy diferente pero al mismo tiempo comparte muchas similitudes con otras obras. Se nota demasiado que esta es predecesora a Los hermanos Karamázov. El adolescente es como un intento previo, una tentativa a realizar su obra más larga y más abarcativa en los temas que toca. Principalmente diría que la figura paterna es más explorada acá que en la anterior mencionada. Me fascina en particular ver que, aunque sea una historia escrita hace mucho tiempo, todavía hoy en día se pueden ver estas dinámicas familiares, tan poco ideales y llenas de complejidades, que afectan profundamente a una persona como el protagonista, un adolescente recién empezado en la "carrera de la vida".

Puedo considerar que no es perfecta, porque hay ciertas cuestiones que el mismo narrador te advierte; muy repetitiva, llena de sobre explicaciones y totalmente despojada de "adornos literarios". Yo la disfruté mucho, a pesar de estar conciente de estos detalles. Creo que esto se "justificaría" ya que es una narración en primera persona de un joven tratando de escribir su biografía.

Pero, ¿qué puedo decir? No puedo justificarme. Yo amo a Dostoevsky, voy a adorar todo lo que haga. Según vi dicen que es su historia más floja, y todavía me esperan El idiota y Demonios, así que estoy feliz. Cuando no tenga Dostoyesvky que leer ahí si me preocuparé y trataré de mirarlo con una mirada más "crítica y analítica". Hasta entonces lo disfrutaré y no hay mucho más.
April 17,2025
... Show More
Um romance com muitas ideias e muita coisa acontecendo ao mesmo tempo. Talvez esse seja um bom modo de definir ‘O adolescente’, um dos últimos romances de Dostoievski e um dos cinco que são apelidados de ‘elefantes’ em razão do tamanho. Desses — os outros são ‘Crime e castigo’, ‘Os irmãos Karamázov’, ‘O idiota’, e ‘Os demônios’ — é o que me pareceu menos satisfatório.
A abundância de caminhos que a obra se propõe a seguir acabaram por deixá-la, a meu ver, meio desconjuntado.
Ao contrário do que normalmente se encontra em Dostoiévski, aqui o personagem ainda está em processo de formação. Como ele próprio adverte, sua primeiras palavras são: “Sem conseguir me conter, dei início à história dos meus primeiros passos pela vida..”. Quem fala é o narrador e protagonista — Arkadi Marárovitch Dolgorúki. É um jovem, uns 19 anos, recém-saído do que chamamos hoje de ensino médio. Acabou de deixar Moscou, onde morou até então, e vai para São Petersburgo, atrás de seu lugar no mundo.
Tem os problemas mais ou menos comuns a todos os jovens e uma questão que lhe é central: quem afinal ele é? Carrega o sobrenome de um servo — que por irônica coincidência é o mesmo de uma família da alta nobreza —, mas seu verdadeiro pai é um nobre falido — Viersílov — que é ‘casado’ com Sófia, a mãe de Arkadi. O adolescente ainda tem uma irmã, Liza, e dois meio-irmãos, Anna e Andriei. As relações com suas irmãs é algo importante no livro.
Isso é o primeiro elemento que o perturba. É um bastardo. Todos sabem disso e do arranjo irregular em que vivem seus pais. A bastardia lhe causou grandes humilhações na escola de Moscou.
Arkadi é um ninguém. Em uma sociedade estratificada e hierarquizada, ele está em lugar nenhum. O único meio de subir na vida, em uma Rússia que se transforma após a libertação dos servos e o surgimento de uma economia de mercado é por meio do dinheiro. Só o dinheiro salva. Ser rico é a grande obsessão da primeira parte do romance.
Talvez um dos problemas do romance seja que essa ideia fixa de Arkadi deixe de ter importância. Depois do primeiro quinto do livro, ele ressurge como um dissipador. O dinheiro, é claro, é central. Tudo gira em torno do dinheiro, mas ele, como muitos outros, caiu na roda vida de gastos exagerados, que espera a sorte na roleta ou se sustenta em empréstimos concedidos por agiotas. Ele e outros são jovens sem rumo que são presas fáceis de criminosos mais experientes ou que acabam por entrar na vida do crime, pequenos ou grandes, para obtenção de dinheiro.
Mesmo que Arkadi não vá por esses caminhos da delinquência, seus colegas vão e se perdem.
Uma coisa que chamou a atenção foi a relação de Arkadi com o pai. Parte dessa ausência de rumo se deve, penso eu, a ausência de uma figura paterna. Dostoiévski parece nos querer dizer que um filho anseia por um pai.
O pai legal de Arkadi, o servo que lhe passou o sobrenome, é um andarilho já idoso que lá pelas tantas dá as caras no romance. De certa maneira, é uma espécie de ‘pai espiritual’, o sujeito que parece encarnar uma velha Rússia, mais primitiva, mas também mais pura, mais religiosa e com uma vida mais sincera.
O velho servo é também um contraponto ao verdadeiro pai. Viersílov é um personagem cheio de complexidades e contradições. Divide-se entre o amor por duas mulheres, abandonou o filho na escola, dissipou três fortunas, abandonou o emprego e trocou a Rússia para viver na Europa. É um sujeito desprezível, mas nobre de coração. De certa maneira, é um homem que não sabe o que quer, dividido por paixões que o dilaceram.
À medida em que o romance avança, as questões morais a serem enfrentadas pelos personagens crescem de tamanho. São essencialmente materializadas por meio de duas cartas que contêm segredos que podem mudar os destinos dos personagens principais e de terceiros.
A primeira carta, que se fosse queimada permitiria que Viersílov tivesse sucesso em uma causa judicial, é entregue ao tribunal pelo próprio Viersílov. Entre a verdade e a vitória (e o dinheiro), ele escolheu a verdade.
A segunda carta tem uma trama mais complexa. Foi escrita por Catierina, uma jovem viúva. Era endereçada a um advogado. Ela expressava o desejo de interditar civilmente o pai idoso, rico e demente. No entanto, o pai se recupera da doença e o advogado morre. Por um acaso, a carta vai parar nas mãos de Arkadi. Se cair nas mãos do pai de Catierina, ela pode ser deserdada.
Reside aí parte do drama moral do romance. O que fazer?
Aqui, a gente entende o porquê de Freud admirar tanto o escritor russo. Arkadi não é apenas um jovem cheio de paixões. Ele age movido por forças que só são compreensíveis se olharmos para os seus desejos inconscientes. Ele faz coisas que diz desejar não fazer. Ele tem momentos de verdadeiro surto neurótico. Ele parece não saber quais são os seus verdadeiros desejos.
O final é também algo meio estranho. Há uma coisa meio dramalhão, em que ele conta o que aconteceu com os personagens e uma carta enviada por um antigo professor. Parece que ele desejava de algum modo ser sancionado por autoridade ou por um homem mais velho. Esse aspecto do romance, a relação entre pai e filho, é algo que realmente chama a atenção do leitor. Dostoiévski parece querer dizer que um jovem sem pai é alguém que precisa inventar a si próprio, o que é sempre algo com resultados incertos.
April 17,2025
... Show More
A doua lectură.

În Adolescentul avem mai multe niveluri de analiză şi interpretare.

În primul rând avem un adolescent cu un buchet de daddy issues şi resentimente faţă de tatăl biologic. Protagonistul, într-o criză de identitate, vrea (dar nu ştie cum) să-şi îndrepte relaţia cu tatăl şi să-i obţină aprobarea şi recunoaşterea. Cei doi reprezintă şi două moduri de gândire diferite. Tânărul, un nihilist cu idei noi, şi bătrânul, un reprezentant a unui mod de gândire mai vechi. Remedierea problemelor de familie şi a anilor de neglijare nu se face exact cum speră adolescentul. Toate acestea sunt şi o încercare a adolescentului de a se insinua în societatea înaltă de la Petersburg, ceea ce ne duce spre o altă temă importantă.

Romanul reprezintă şi o critică la adresa societăţii înalte ruse. În ultimele pagini Dostoievski aproape că ni se adresează direct motivându-şi predilecţia pentru anumite personaje şi pentru mediul din care fac parte acestea. Se pare că în opinia autorului nobilimea rusă a decăzut prin infiltrarea unor elemente nesănătoase. Tot mai dese sunt intrigile, scandalurile, şantajurile, persoanele dubioase. Membrii acestui cerc (iniţial) restrâns sunt nişte parveniţi, manipulatori, lipsiţi de bun-simţ şamd. Dolgoruki, adolescentul, este şi el un personaj de tipul acesta care încearcă să răzbată acolo unde nu-şi are locul. Modul diferit în care răspunde pe parcursul romanului la întrebarea „Prinţul Dolgoruki?” este un exemplu în acest sens.

Un alt mod de a interpreta romanul ni se deschide dacă ne îndreptăm atenţia spre atitudinea faţă de tineri. Începând cu titlul observăm o ironie: tânărul protagonist nu mai este de fapt un adolescent. Nu este însă nici copt la minte. El este un prototip al tânărului vremii (nu ştiu dacă s-au schimbat multe între timp). Tânărul acesta are prea mult zel, dar prea puţină idee ce să facă cu el. Adoptă rapid şi nechibzuit idei noi (ideea lui Dolgoruki este inspirată de capitalismul vremii). Şi le asumă cu convingere şi le trâmbiţează peste tot doar ca să renunţe la primul hop sau la prima şansă de bunăstare materială nemeritată. Este instabil, mincinos, ipocrit, lipsit de sinceritate, dar fără să-şi dea seama. Este naiv, mândru, convins că are mereu dreptate, că doar modul în care vede el lucrurile este cel adevărat, şi că totul se învârte în jurul lui. Sare rapid la concluzii pe care şi le schimbă la fel de rapid dacă asta îl serveşte în vreun fel, sau refuză categoric să şi le schimbe dacă asta contravine convingerilor sale. („În ultimii doi ani chiar încetasem să mai citesc cărţi, temându-mă să nu găsesc acolo ceva în defavoarea «ideii», lucru care ar fi putut să mă tulbure.”) Priveşte lumea de sus fără să fie conştient că şi el este privit de sus de ceilalţi, amuzaţi de ignoranţa şi naivitatea lui. Este genul de om care pretinde încredere dar în care n-ar trebui să ai încredere sub nici o formă. Foarte inspirată alegerea lui Dostoievski de a-l face personaj-narator. Modul în care acest personaj îşi exprimă convingerile, în care relatează evenimentele, în care îşi justifică anumite acţiuni este destul de comic. Devine şi mai ridicol în faţa cititorului. Acum doi ani jumătate îmi notam: „Eu i-aş fi dat adolescentului o palmă să-l trezesc la viaţă din primele pagini fără să fiu nevoit să mai suport aberaţiile lui mai departe.” De data asta însă am citit cu un alt mindset care mi-a menţinut o stare de bine pe tot parcursul lecturii.

Toată acţiunea aminteşte de stilul unei telenovele, exagerând astfel absurditatea personajelor şi a mediului lor.
_____________________________________

Fără să mă informez în prealabil şi fără să am de ales am citit romanul în traducerea Antoanetei Olteanu (apărută la Corint dar şi în Colecţia Dostoievski de la Adevărul). Acum am văzut că mai există o traducere la Polirom – Livia Cotorcea. Aceste două traduceri sunt ambele relativ noi, apărute cred cam în acelaşi timp. Nu ştiu care este mai bună, dar dacă ar fi să mai citesc o dată aş alege versiunea Polirom din simplul motiv că prefer numele Оля transliterat drept Olea, nu Olia. Mai există o traducere veche, Emma Beniuc, care circulă acum prin ediţii noi de la editura ART şi pe care nu o recomand pentru că adoptă un stil pompos şi exagerat. Probabil din cauza asta Polirom şi Corint au optat pentru traduceri noi.
April 17,2025
... Show More
This is my first foray into Dostoevsky, and I truly admired his grasp of adolescent psychology and his ability to accurately maintain Arkady's voice and character. His ambition, over-confidence, and firmness in principle are so spot-on. I loved that Dostoevsky keeps the plot twisting and turning so that, at any point, despite the protagonist's conviction, he is never correct in his conclusions.

That being said, I struggled with the greater theme: the discrepancy in ideology between generations. Having not read Crime and Punishment or Notes from Underground, and not being acquainted with Dostoevky's knack for critiques of nihilism and utilitarianism, this part of the book was harder for me to tackle. This component of the experience was overshadowed for me by the spot-on consistency of Arkady's thoughts, actions, motivations, and rationalizations.

So, while I do feel somewhat uncomfortable giving it the same accolades as the other two I have read thus far, I did feel genuinely amazed by it, even if I can acknowledge it is, in some ways, inferior to some of his other works. It's more enjoyable as a study of its narrator than as a thematic statement, for sure. And it did, after all, sell me on Dostoevsky's brilliance.
April 17,2025
... Show More
Tendo concluído a leitura deste livro, o meu primeiro em 2020, sinto-me inundada (e aqui a hipérbole não surge desfasada) de sentimentos, emoções, conceções e interpretações absolutamente contraditórias. Que foi o trabalho em que tive mais dificuldade de me entrosar de tudo aquilo que já lera de Dostoievski, é um facto. Narrativa densa, extraordinariamente complicada na compreensão das personagens – o autor optou por utilizar nomes e patomímicos que apenas vieram adensar a confusão de quem é quem -, extremamente “dolorosa” na apropriação do enredo, da ação, das motivações das suas personagens, mas ao mesmo tempo com momentos notáveis, principalmente na caracterização dessas mesmas personagens e na ascensão dramática do texto.

Narrado na primeira pessoa pelo protagonista, Arkádi Dolgorúki, com 19 anos de idade vivendo num tempo ainda muito afastado da revolução que viria a alterar o modus vivendi russo. Mas desenganem-se os que pensam que a tónica será dada às questões políticas ela será aplicada antes às questões sociais e culturais de uma burguesia e aristocracia que, nem de perto nem de longe, poderia antever o seu destino. Mas à essa vertente de Fiódor estamos nós já habituados. A questão aqui, e na minha perspetiva, obviamente, é a confusão da própria mensagem que o autor tenta nos transmitir tanto que, a determinado momento, pensei que este livro fora escrito por um russo APENAS para os russos; ou apenas seja a decalagem cronológica que já não nos permita absorver, em toda a sua plenitude, a história de um jovem russo, estigmatizado pela bastardia.

E esse jovem, surge-nos, desde o princípio, com uma personalidade única, revelando-se, em termos de postura filosófica, acima dos adolescentes russos coevos. Tendo interiorizado a sua “ideia” que, basicamente, consistia em ser rico tal como Rothschild e viver na mais absoluta solidão (não posso negar a originalidade dos seus pressupostos), sofre por ter um pai que nunca o reconhecera, embora o amasse, no mesmo pé de igualdade da sua família “oficial”.

Profundamente ingénuo, Arkacha, como era conhecido entre os seus familiares, tentará conquistar o amor e o respeito do seu pai biológico Andrei Petrovich, aka, Versilóv (não é do leitor dar em doido tentar articular tantas denominações?), tentará mostrar ao seu progenitor que é muito mais inteligente que os seus meios-irmãos e que tem na sua posse um documento que poderá por em cheque a relação de Katerina Nikoláevna – a generala (o que não percebo o significa a patente, talvez por ter sido viúva de um general) - com o seu pai, o velho príncipe Nikolai Ivanovitch. Mas há na narrativa, um outro príncipe, Serguei Petróvich que se apaixonou por Liza, irmã de Arkacha, e de quem engravidou. Por algumas vezes, Fiódor apenas se referia ao príncipe e, mesmo tendo em conta o momento da ação, tive muita dificuldade em perceber de qual realeza se tratava …

No entanto, como quase toda a literatura clássica, há a promoção de uma atualidade inexorável. Às páginas tantas conseguimos reconhecer a assertividade de uma conclusão: “Os tempos atuais (…) os tempos atuais são tempos de mediocridade e de indiferença, de paixões e de ignorância, de indolência e de incapacidade para a ação e da procura de tudo já pronto. Ninguém medita, é raro alguém ter uma ideia”. É por essas e por outras que adoro a literatura clássica porque nos prova a fatuidade da evolução em que, percetível em almas menos evoluídas, têm a ousadia em acreditar.

A trama torna-se mais interessante com a posse desse tal “documento” que Arkacha tem a certeza de estar em seu poder. Mas será que está mesmo? Muitas conturbações no percurso da narrativa que levarão a um clímax, para mim, deveras duvidoso, em termos da verossimilhança daquilo que temos estado a acompanhar.

O que mais esta narrativa me acrescentou? Este trecho: “Há um grande número de pessoas que não sabem rir. De resto, não aqui nada que saber: é um dom que não se pode fabricar. Talvez se a pessoa se reeducar interiormente, desenvolvendo-se para melhor e combatendo os maus instintos do seu carater, então também o riso dessa pessoa, muito provavelmente, possa mudar para melhor. Uma pessoa, revela no riso aquilo que é, pode-se de repente ficar a conhecer os seus segredos. Até um riso inegavelmente inteligente pode por vezes ser repugnante. O riso exige, antes de mais nada, sinceridade e onde está a sinceridade das pessoas? O riso exige ausência de maldade, mas a maior parte das vezes, as pessoas riem com maldade. Um riso sincero e sem maldade é uma alegria, mas onde está a alegria das pessoas que não sabem alegrar-se? (…) Só uma pessoa com um desenvolvimento mais elevado e mais feliz é capaz de se alegrar contagiosamente, isto é, de um modo irresistível e benévolo. Não falo do desenvolvimento intelectual, mas do caracter, da pessoa inteira”.

E foi assim, entre essas e outras, que este romance me arrebatou, pese embora todas as dificuldades de apropriação da intenção narrativa!
April 17,2025
... Show More
مثل همیشه شاهکار، با بصیرتی یگانه درمورد وضعیت اجتماع درهم ریخته و بی نظم. توصیفات روانشناختی بدیع از افراد.
همچنان هشدار از عصری بی نظم و قاعده و جوانانی سرگشته و حیران که چیزی نمی یابند خود را به آن وصل کنند و سرانجام به دامان اندیشه های مخرب باب روز آن زمان می افتند و احتمالاً همین هایند که در آینده، قرن بیستم فلاکت بار روسیه را رقم می زنند. جوانانی که همه سنت ها را پس زدند و به اوهام چنگ انداختند. انقلاب کردند و انقلاب شان به بادشان داد. در این ها نشانه هایی است برای نکته سنجان.
اما داستایفسکی در این چهارمین رمان از شاهکارهای پنجگانه اش هنوز قهرمان تازه جوانش را نگه می دارد تا به تباهی کشیده نشود. اندیشه اش فعلا از فروغلتیدن به میانه خیل عظیم جوانان دیگر نجاتش داده گرچه خام است و باید ببالد. تکلیف را در واپسین شاهکار، یعنی برادران کارامازوف است که داستایفسکی مشخص می کند.
April 17,2025
... Show More
When I started it, I thought it was amazing [even though some of the philosophy was a bit much for me at the adolescent age of 16] and I could relate to the main character because I grew up not knowing my biological father as well.

And as with most Dostoevsky books, from what I hear, there was plenty of city intrigue and he-said/she-said; it made for great reading.

And then I lost my copy.
Couldn't find it for 6 months or so.

So when I picked it back up, I was fairly lost. I finally got a grip on what was going on again, but by the time I had reached the climax, I was surprised to find that it was nowhere near as exciting as I thought it would be.
And the denouement continued on for some time talking about something that completely escaped me.

Perhaps if you read it all at once it will make a bit more sense, but that doesn't change that the ending is extremely rushed.

On the whole I'd recommend it, though. It was certainly a page-turner most of the time.
April 17,2025
... Show More
Great book, terrible ending.

58: Arkady Dolgoruky's voice is awesome, so convincingly nineteen: "I followed Kraft out. I wasn't ashamed of anything."
-72: perfect depressing detail: a voiceless nightingale.
-parallel plot setup: Arkady, who ambivalently wants to earn Versilov's love, possesses (?) a document that documents another child's (Katerina Nikolaevna's) lack of filial love...
-Dolgoruky's idea is an incredibly Nietzschean one. A classic expression of ressentiment and will-to-power... with, (90) no small measure of Nietzschean sensitivity to critique. This is what they'll say: impotence, etc. Nietzsche's last man would sound like this.
-280: "If I had a reader and he had read all that I've already written about my adventures, doubtless there would be no point in explaining to him that I am decidedly not fit for any society whatever. Above all, I'm totally unable to behave myself in society."
-Dostoevsky's technique is never to recap through narration, but always through dialogue. At this point (322) I find myself reading simply in the hope that I can simply understand the plot so far and divine the motives of Versilov, Katerina Nikolaevna, etc.
-331: heartbreaking detail for Arkady's flashback of his mother's visit to his school: he remembers that she brought "six oranges" - not the items but the number of them is what matters. Gross calculation and reckoning thus enters (no, returns to) a scene of love.
-399: Makar Ivanovich's remarkable story replays some of the motifs in his own life: holy wandering, wife purchased by other husband... with some massaging you could read this story as an emblem of ressentiment. But what makes it effective and raises it above a psychological defense, making it sublime - is that, very plainly, nothing can heal the wound sin has caused in the world.
-400: similarly, the gang of blackmailers to which Lambert belongs deals mostly in family secrets.
-406: Arkady's extraordinary claim that his dream (377) indicated that he had subconcious knowledge of Lambert's scheme.
-433: psychology terse when it needs to be: "There was a moment when I almost left; but the moment passed and I stayed."
-434: compositional motif: again Dolgoruky's name is presented wrongly - now as Dolgorowky.
-513: "...she could not possibly have understood that her reply was the most definitive formula of their relations..."
-Ironically, in the end both the old prince and Versilov really ARE unworthy of respect. This is D's ingenious resolution of the parallel plot. [Though Versilov gets better? immediately D weakens and qualifies his madness... just as the old prince (557) after the crisis becomes "more reasonable"...] - This duality, weirdly enough, is not commented on. Is it the core of the text? Or am I reading too much into the resemblance?
-560: weak ending with the moralizing tutor rambling about what lessons we can learn from the text. At least he pulls back at the end, 563, if I were a novelist I wouldn't want to write about someone from an "accidental family".... and thus links the text to the contemporary Anna Karenina.
April 17,2025
... Show More
راوي و قهرمان اصلي رمان جوان ١٩ ساله‌ى بى‌تجربه‌اى است كه افكار و ارزوهاى خاص دارد. او پسر نامشروع...
جوان خام به نظر بسيارى از كارشناسان! گيراترين رمان داستايوفسكي است.
Leave a Review
You must be logged in to rate and post a review. Register an account to get started.