Enjoyable amalgamation of satire, philosophy and character study. My main problem is that it has too many characters and it focusses too little on their individual character development.
The Interpreters is one of the most complicated novels because of its fragmented structure. The very title indicates that the interpretation of the novel is never an easy task. However, the chaos in the structure reflects the chaos in Africa after the independence.
"Estamos demasiados ocupados, embora nunca tenha descoberto a fazer o quê. É isso que constantemente pergunto a mim próprio - a fazer o quê? Além de amparar os arautos do futuro, escravos nos seus corações e, na realidade, vozes lamentosas, afinal que fizemos nós? Nunca sentiste que toda a tua vida poderá ser uma superfície delgada e sinuosa suportando o peso dos loucos, uma mera passagem, um mero meio refletor ou uma fina massa ocasional controlada por fermentos que estão além de ti?"
Sendo um romance escrito por um dramaturgo, não é de admirar a profusão de diálogos existente neste livro. Através dos diálogos das personagens ficamos a conhecer os contextos culturais, religiosos, politicos da sociedade nigeriana dos anos 60.
Num contexto de independência recente pós-colonial, um grupo de amigos com formação superior regressa ao país. Procuram emprego e integrar-se na sociedade, mas deparam-se com a corrupção endémica, o preconceito, o conservadorismo, as crenças tradicionais, os hábitos enraízados, ao mesmo tempo que têm de lidar com os seus próprios problemas pessoais, fantasmas e heranças familiares.
Apesar de se ler bem, não é um livro especialmente entusiasmante. Talvez seja uma obra mais dirigida a um público nacional, que conhece o contexto local e consegue extrair do livro detalhes que não estão ao alcance de alguém "de fora".