Community Reviews

Rating(4.1 / 5.0, 99 votes)
5 stars
35(35%)
4 stars
36(36%)
3 stars
28(28%)
2 stars
0(0%)
1 stars
0(0%)
99 reviews
April 25,2025
... Show More
It’s been 84 years… but I finally finished the whole thing. Books 10-13 as well
April 25,2025
... Show More
Poderia chamar-se A Conversão, porque mais do que confessar os seus pecados, ainda que o faça, Agostinho traça a história da sua própria personagem, em jeito de autobiografia, dando conta do lugar comum de onde veio, igual ao de tantos outros, pejado dos mesmos dilemas, dos mesmos pecados, a partir do qual conseguiu, por meio de uma escolha profundamente refletida e munida de vontade, transformar-se, libertar-se, para chegar a Deus.

“Assim, meu Deus, a confissão que faço em tua presença, é e não é silenciosa; a boca se cala, mas meu coração clama. Tudo o que digo aos homens de verdadeiro já tinhas ouvido de mim, e nem ouves nada de mim que antes não me tivesses dito.”

Mas “Confissões” não é apenas mais uma autobiografia, nem tão pouco se tornou relevante por ser uma, ou mesmo a primeira autobiografia da nossa história escrita, o seu valor reside antes no impacto, no lastro produzido ao longo de séculos e séculos. “Confissões” é central na caracterização de toda a sociedade ocidental, embrenhada nos valores do cristianismo, e mesmo para quem deles se tenha afastado, tem de com eles conviver todos os dias, já que eles são a raiz e os pilares da nossa moral. São 16 séculos de permanência na cultura formativa de uma sociedade, num discurso direto de grande proximidade interior, completamente distinto daquilo que se encontra na Bíblia, que faz com que a mensagem passe, não apenas de modo fácil, mas de modo efetivo.

"Confissões" foi escrito entre 397 e 400

Agostinho, mestre da retórica, começa por se apresentar como apenas mais um ser humano, comum, vulgar, cheio de defeitos, tal como todos nós, e ao longo de 13 livros conduz-nos, pela mão, até à possível “salvação”. O seu discurso carregado de honestidade e humildade, intenso na análise psicológica que faz de si, da mente humana, torna-se próximo, empático, impossibilitando a nossa fuga. Agostinho mantém-nos atrelados a si, lendo-o, sentindo-o, mas sentindo-nos a nós mesmos. Não é de transcendência, nem de invisível, ou forças inimagináveis que se fala aqui, mas apenas de humanidade, de questionar o nosso eu, o que somos, porque somos, como somos, questões que todos nós, cedo ou tarde, nos colocamos. Fala do desejo, da perda, da busca, dissecando em profundidade o modo como se vai concebendo aquilo que somos, ou que parecemos ser.

Uma dos dilemas centrais desta confissão assenta no sexo, o “pecado original”, que para alguns soa exagerado, ou até obsessivo. Senti também isso no primeiro confronto, mas aos poucos fui compreendendo a sua centralidade na construção do caminho, tendo-se tornado mais claro quando li a análise de Mark Lilla ao livro de Robin Lane Fox “Augustine: Conversions to Confessions” (2015), um livro que disseca em profundidade as Confissões e todo o seu contexto. Lilla critica Lane, por se ter centrado ele próprio no sexo, chegando ao ponto de afirmar que a conversão de S. Agostinho “não foi uma conversão à fé cristão… mas antes uma fuga ao sexo e à ambição”. Lilla explica então:

“não é desta forma que Agostinho conta a sua história. O problema do sexo é apenas uma concha à volta de um mistério mais profundo, o funcionamento da vontade humana. É um assunto ao qual Agostinho retornou uma e outra vez nos seus sermões e livros. A mente comanda o corpo, mas não pode comandar a si mesma. Por que não podemos desejar o nosso desejo? Ou, muitas vezes decidimos fazer alguma coisa, mas a vontade é mais fraca para seguir adiante. Como, se a vontade é uma coisa, é que isso pode ser possível? Para explicar estes enigmas, Agostinho teve uma ideia que moldaria a consciência ocidental durante séculos: a noção de que os seres humanos têm duas vontades em si, uma desafiante que quer autonomia e uma disciplinada que quer servir a Deus. A única maneira de alcançar a felicidade, Agostinho acreditava, era subordinar a primeira à segunda." (fonte)

Ou seja, a consciência boa e a consciência má, o certinho e o diabinho. Algo que se veio a converter mais tarde numa dualidade entre mente e corpo, pela mão de Descartes. A mente pura, a única capaz de chegar à verdade, e o corpo, resquício de nós, tal concha impeditiva de aceder à verdade, que por meio dos seus sentidos biológicos distorce o real. Algo que Platão já concebia, na sua oposição entre representação e real, e que perdura até aos nossos dias. Mesmo hoje, depois de amplamente demonstrado, o quão orgânicos somos, da ausência e impossibilidade de qualquer dualidade, o modelo abstracto dessa dualidade, satisfaz as nossas ânsias sobre os porquês das nossas dúvidas. Porque aquilo que somos não é uno, não é igual todos os dias, nem em todos os lugares, nem com todas as pessoas, e quando nos questionamos porquê, fica mais fácil ter um bode expiatório, de preferência algo que possamos dizer, com satisfação, que não podemos controlar, seja o desejo, a carne, ou a emoção.

“Vi tua Igreja cheia de fiéis que, por um caminho ou por outro, progrediam. Quanto a mim, aborrecia-me a vida que levava no mundo, e era para mim fardo pesadíssimo, agora que os apetites mundanos, como a esperança de honras e riquezas, já não me animavam para suportar tão pesada servidão. Essas paixões haviam perdido para mim o encanto, diante de tua doçura e da beleza de tua casa, que já amava. Mas sentia-me ainda fortemente amarrado à mulher. Sem dúvida o Apóstolo não me proibia de casar, embora em seu ardente desejo de ver todos os homens semelhantes a ele, exortasse a um estado mais elevado. Mas eu, ainda muito fraco, escolhia a condição mais fácil; por isso, vivia hesitando em tudo o mais, e me desgastava com preocupações enervantes, pois a vida conjugal, a que me julgava destinado e obrigado, ter-me-ia obrigado a novas incumbências, que eu não queria suportar.”

Sendo uma boa leitura, não deixa de apresentar problemas, muitos até, não apenas no seu conteúdo, tendo em conta a data em que foi escrito e o grau de assertividade, próprio à retórica, que Agostinho imprime ao discurso, mas também em parte pelo método, ou talvez ausência deste, na busca do interior. Não tínhamos ainda método científico, nem tão pouco aqui serviria muito, mas tinhamos Sócrates, e Agostinho conhecia o seu trabalho, por isso métodos de argumentação existiam, não é um problema de ter de se começar do zero. O maior problema de Agostinho surge na circularidade reducionista do seu discurso, que ao embrenhar-se na busca e definição de um conceito, se centra neste apenas, analisando todas as perspectivas que nele desembocam, esquecendo contudo tudo o que dele impacta o contexto circundante. O modo como tenta definir o tempo e a memória, nos últimos livros são totalmente demonstrativos deste processo de aprofundamento, em que objetivamente Agostinho se afasta, ou impede outros elementos de serem chamados à argumentação, mantendo a mesma fechada sobre si, em círculo, tornando impossível emergir qualquer ideia nova. Muito provavelmente porque imbuído do mesmo método que definiu na sua busca por Deus, no seu questionamento sobre a sua possibilidade, e na impossibilidade de chegar a qualquer evidência, foi construindo e desenhando um sistema de argumentação, que funciona na base da amplificação da abstração conceptual, ou seja, na construção de camada sobre camada de ideias, sem suporte, na ânsia de que elas acabem por se suportar umas às outras.

“Então veria que a sucessão dos tempos não é feita senão de uma seqüência infindável de instantes, que não podem ser simultâneos; que, pelo contrário, na eternidade, nada é sucessivo, tudo é presente, enquanto o tempo não pode ser de todo presente. Veria que todo o passado é repelido pelo futuro, que todo futuro segue o passado, que tanto o passado como o futuro tiram seu ser e seu curso daquele que é sempre presente. Quem poderá deter a inteligência do homem para que pare e veja como a eternidade imóvel, que não é futura nem passada, determina o futuro e o passado?”

Não conheço a obra de Agostinho, para além deste livro, mas li algures que este trabalho não terá sido tão espontâneo como se quer apresentar. Que este terá sido um trabalho escrito não para se encontrar a si próprio, mas antes para conduzir os seus leitores à conversão. Não tenho qualquer dado que suporte esta teoria, que pode não passar de mera conspiração, contudo tendo ou não sido assim, o mais relevante está no texto que temos na nossa frente que demonstra uma mestria profunda da retórica, do uso da narração, do storytelling, para envolver e persuadir. Todo o livro se apresenta como uma jornada — em três atos, com introdução, desenvolvimento e conclusão — em que se parte da ignorância da dúvida de si; para se entrar num novo reino, o do conflito existencial; para o qual se encontra no final uma resposta, a conversão, capaz de fechar todas as pontas, libertando-nos do peso da inconsciência, garantindo a total satisfação do leitor da narrativa.

“No princípio criou Deus o céu e a terra. A terra era invisível e informe, e as trevas se estendiam sobre o abismo.” Ouço estas palavras, meu Deus, e não encontrando menção do dia em que criaste essas coisas, concluo dessa omissão que se trata do céu do céu, do céu intelectual, onde a inteligência conhece simultaneamente e não por partes; não por enigma, ou como um espelho, mas por inteiro, em plena luz, face a face; conhece não ora isto, ora aquilo, mas, como disse, simultaneamente, sem a sequência temporal. Concluo também que se trata da terra invisível, informe, estranha às vicissitudes do tempo, que ora causam isto, ora aquilo, pois onde não há forma não pode haver isto ou aquilo.”

Ler completo, com imagens e links em: http://virtual-illusion.blogspot.pt/2...
April 25,2025
... Show More
The Bible says Elijah was a man like us but that his prayer was miraculously effectual. Confessions is a great way to make the same reconnection with the church fathers and saints who came before us but after the time of the biblical canon.

Augustine is candid. He faced the same temptations and rode the same relations we do. He is an honest narrator of his own vicissitudes, and thereby his attestation to the faithfulness of Christ is all the more meaningful.

Clearly, he deserves five stars, but my reading experience was kept from absolute perfection by my inability to maintain interest, and sometimes comprehension, as he talked at some length philosophically about the science of perception.
April 25,2025
... Show More
"You stir man to take pleasure in praising you, because you have made us for yourself, and our heart is restless until it rests in you."

Three years after my first review, I am thrilled to report that I was able to read this book more slowly and carefully with a small group of friends this year and fall in love with so much more of it than I did the first time. The conversion story is still amazing, but even the more philosophical tangents and latter books make more sense than they did before. What a remarkable thinker, writer, and Christian Augustine was. The more I read, the more it became clear how influential he has been on teaching that has shaped my life, both in theology and aesthetics. It has been a true joy to spend time with him almost every day this year. He very much has become a friend—so much so that he’s going to be in my reading life for at least the next couple years. :D

Original review, 6/15/2020
I can envision scenarios in which this book garners a higher rating from me, but only with a more dedicated, meticulous reading. Unfortunately, I can't give Confessions such a reading right now and maybe not ever, so 3 stars it is. It would take a lot of rereading for me to adjust to Augustine's circular writing style and think through several of the philosophical ideas he raises. So in that regard, I must certainly affirm, "It's not you, it's me."

Nevertheless, the biographical portion was worth the struggle. Augustine's life is a striking demonstration of the heart's yearning for joy in God. He tried to live off broken cisterns for years, never satisfied and always seeking. Over time, God drew Augustine in until at last he could drink from the fountain of living waters. I've known of Augustine's journey to faith for years, so it was good to finally read his story in his own words.
April 25,2025
... Show More
Augustine's Confessions is a literary masterpiece of world-historical importance, to be sure. There is hardly a subsequent European Christian author for whom his work did not loom as the very paradigm of how doctrine is to be approached, and how it is to illuminate one's individual life and reflection. It forms the acme of moral inventory and autobiographical reflection, and contributes mightily to the European concept of interiority and subjectivity which, in Charles Taylor's sense, provides one way of answering the question, what is the self?

I would not myself take it as an exposition of timeless truth, but I think the author himself would not have it be taken thus, fifteen hundred years after it was set down. Rather, I will follow his own proposed model and allow that what was good for certain people in certain remote ages is not necessarily what is good for us.

In my view, this book consists of three principle parts. The first is the autobiographical confession for which this book is principally known; the second is an allegorical interpretation of the beginning of Genesis influenced heavily by his reading of the Neoplatonists; the third is the mysterious conjunction of these two in a single work, which receives little explanation, and which, I think, is intended as a kind of koan, or an enigmatic and edifying puzzle, for the reader's contemplation. I will leave this last mystery to the reader's own imagination and take up the first two, briefly.

The story of Augustine's life is well-known - his growth from a precocious, well-educated youth to a Manichaean, his brief foray into Neoplatonism, and his subsequent conversion to Christianity. This journey is presented by the author as a kind of morality tale in which he gradually learns what he needs to learn in order to accept right doctrine, and here his encounter with Neoplatonism was decisive. Although he is clear that its abstract idiom left his compelling existential and soteriological concerns unaddressed, it nevertheless provided him conceptually with the tools he needed to conceive of spiritual matters in abstract terms. An illustration of this paradigm may be seen in his analysis of Genesis.

Here I must say that I fundamentally differ from Augustine's moral paradigm, which in my eyes is chiefly concerned with virtue, in the sense of coming to know what is the right thing to do, and doing that thing. My own moral idiom is fundamentally motivated by compassion and care for all beings.

Take, for example, the famous story of the pear tree, which Augustine uses as a case study in the depravity of his youth, and the nature of sin in general. As a boy, Augustine conspired with other youths to despoil a neighbor's pear tree, having no need of its fruit, and indeed having their own store of better-quality pears, but they delighted in the act of transgression itself.

Augustine unpacks this incident at some length and is disturbed by what he sees as the intrinsic compulsion for people to do wrong for its own sake, and to take a kind of delight in it. It is this "for its own sake" that characterizes his moral concern, while to me what is of even greater concern is the effect this act had on his neighbor, whose pears were robbed, and who may not have been able to easily bear their loss. But this does not occupy Augustine's reflection in the least - what matters to him is the intrinsic rightness or wrongness of the act itself.

I take a certain anthropological and psychological interest in walking down this road with Augustine, but I do not agree that whether or not we've got it is the most important thing. I suppose this is a question of whether one follows the Christ of the beatitudes, and take the injunction to love one's neighbor as one's self as pre-eminent, or one follows the Christ of Paul, who takes the assertion of the right creed as redemptive and thus of cardinal importance. For myself, I would rather be wrong and do my neighbor right than the opposite.

So I can only go so far along with Augustine in his agonized self-reflection, absorbed as it is with a question of right doctrine, and also convinced of the wickedness of man in a degree that in my mind debases the spiritual reality and potentiality of human life. I would not agree, for example, that a badly-behaved baby is acting sinfully, though for Augustine it is the manifest cruelty of infants that demonstrates the doctrine of original sin. For Augustine, behind every human error lies sin, and I do not see it that way.

As a philosopher, I naturally found Augustine's allegorical reading of Genesis rather exciting, though it may leave some readers confused. I was particularly fascinated by his analysis of time, his demonstration that it cannot mean what we normally take it to mean, and his use of that argument to demonstrate that the priority of various acts in the sequence of creation as presented in Genesis cannot be taken to mean a literal, temporal priority, but rather a logical or ontological priority. For God, for whom all time is equally "now," the act of creation is always, and creation is always created and sustained by the act of creation, which seems to our senses to be the play of time.

This is clearly one of the most important books in the late classical period, and of colossal importance for understanding the intellectual history of Latin Europe. Fortunately, it is highly readable and often engrossing.
April 25,2025
... Show More
What. A. Read. An astonishingly vulnerable and powerful account of a saint’s search for God that I will unquestionably return to in the future.

I’ve been journeying through Confessions with Fr Gregory Pine and Fr Jacob-Bertrand Janczyk and their “Catholic Classics” podcast. Highly, highly recommended. They made a terrific observation in their commentary of the last episode at the conclusion of the book: that what appeared initially to be an affliction ultimately turned out to be a mercy. They were referring, of course, to arguably the most well-known quote from the book: “For You have made us for Yourself, and our hearts are restless until they rest in You.” Augustine’s restlessness is what motivated his spiritual quest for truth, and despite the agony and turmoil of this quest, it is what ultimately lead Him to Christ. And because He ends with commentary on the creation account, he brings the book full circle—starting with chaos and restlessness and ending in the Sabbath rest waiting for all of us in God Himself.

Along the way, he opens up to us his struggles and shares with us his questions, several times in total despair and hopelessness that he will see his way through. And yet, because we journey through the struggles and questions alongside him, the answers he finds become logical and relatable answers for us, too! Through the sharing of his own journey, he proves an incredible guide to us in ours.

Maybe it’s the nature of reading someone else’s testimony of faith, but in such a similar way to when I read C. S. Lewis’s faith story, I found Augustine articulating struggles and questions I didn’t even know I had, about eternity, time, the nature of God, the true and real redemption of our past errors, sins, and failures, and the infinite and unchanging goodness of God and His unfathomable love for us, His children. What an encouragement through this Lenten season!
April 25,2025
... Show More
I have probably been formed by Augustinian thinking so much throughout my life that when I finally read Augustine, I thought, "I've heard all that before." So a rating of 4 stars isn't fair to Augustine, I know. The chiastic structure of books 1-9 is pretty cool, as are the parallels between Confessions and Virgil's Aeneid.

The BU reading group read this in the Spring 2014 semester, but I couldn't attend because of class.

Random notes:
Books 1-9 have a chiastic structure (see Finding a Common Thread).
Book 10 has its own chiastic structure?
Paul Ricoeur's book on time (Time and Narrative) connects Book 11 with Aristotle's Poetics (narration as a way to avoid subjectivity). Cf. Stephen Hawking's Brief History of Time.
Augustine intended for people to read his confessions: 1-9 is for anyone, 10 is for baptized believers, 11-13 is for parishioners and other bishops.
Platonism can't give you the Trinity, creation ex nihilo, or the incarnation.
Augustine's allegorical/moral interpretation of Gen. 1 in Book 13 strikes modern readers as arbitrary, but it seemed obvious to Augustine.
Re: Augustine's argument for the plurality of interpretations (cf. On Christian Teaching): the modern notion of only one true answer comes from the advent of science and math (Descartes)—the plurality of interpretations doesn't underwrite the project that gets us penicillin. Cf. WCF 1.9.
Smith makes some good comments here and here. His book On the Road with Augustine came out in 2019.
April 25,2025
... Show More
I never dreamed that one day I would finished reading a 300-page memoir written by a ancient Catholic saint. See, how many saints who lived during the first millennium have written himself a memoir?

I twice tried to read The Holy Bible (once in English and once in Tagalog) from cover to cover but failed. I just got distracted by too many details and hard-to-remember names and ancient places and I could not appreciate what were all those characters are doing. Excuses, excuses. They say that reading The Holy Bible needs the Holy Spirit to come to you so that it will be the spirit who will whisper the words to your ears so that you will understand the word of God. Maybe the spirit is still contemplating whether a sinner like me is worth his time and effort.

Until I came to this memoir. Written by a self-confessed sinner who is now considered one of the most important figures in the development of Western Christianity: Saint Augustine (latin word for church father)of Hippo (354-430)
n  n

It took me more than 4 weeks to finish this book. Not a straight read. It is impossible to do that. The memoir is like a letter of St. Augustine to God and in the letter, he is conversing and confessing. He pours out his thoughts, his doubts, his questions. Some of those are funny (based on what we all know now with the advances in science and technology). He tells Him his weaknesses, what wrongs he has done to others. His sins in thoughts, in words, in actions.

Reading it is like uttering a prayer. Read a page or two and you get that feeling that you have achieve your daily quota of prayers. St. Augustine poured his heart out in each page of his memoir. Something that is inspiring for me to ask myself those questions he threw out to God and reflect on those thoughts that he put on the pages.

There are so many quotes that I would like to capture here but if I do that, I think I will be quoting half of the book. Most of them are in long and winding sentences but this first paragraph of Book 11 is my favorite:
n  Is it possible, lord, that, since you are in eternity, you are ignorant of what I am saying to you? Or, do you see in time an event at the time it occurs? If not, then why am I recounting such a tale of things to you? Certainly not in order to acquiant you with them through me; but, instead, that through them I may stir up my own love and the love of my readers toward you, so that all may say, "Great is the lord and greatly to be praised." I have said this before and will say it again. For love of your love I do it. So also we pray - and yet truth tells us, "Your father knows want things you need before you ask him." Consequently, we lay bare our feelings before you, so that, through our confessing to you our plight and your mercies towards us, you may go on to free us altogether, as you have already begun; and so that we may cease to be wretched in ourselves and blessed in you - since you have called us to be poor in spirit, meek, mourners, hungering and athirst for righteousness, merciful and pure in heart."n


Now, I have to give The Holy Bible another try. I could not have finished this whole book and pointed that beautiful part if there was no Holy Spirit upon me.

Oh ye of little faith.
April 25,2025
... Show More
El nombre de San Agustín ha trascendido los siglos, aunque poco se conoce normalmente sobre su pensamiento. Lo que más trasciende es su notoria conversión al Cristianismo luego de llevar una vida licenciosa en la que asegura haber cometido todos los pecados posibles. De esto también trata este libro, el más célebre de los que escribió que, además de ser una larga confesión sobre su vida y su conversión, es una autobiografía (hasta los cuarenta años, pero vivió muchos más) poética, filosófica y reflexiva, bastante literaria (pues cuida mucho la belleza de la forma y de las palabras) y está construida como una larga alabanza a Dios, pero también como un tratado filosófico.

Primero nos narra su nacimiento e infancia en Tagaste (África, Imperio Romano, estamos hablando del 354 d.C.) junto a sus padres, Patricio, un funcionario pagano, y Mónica una cristiana devota que más tarde sería santificada. Pese a la fé de su madre, Agustín no fue bautizado, según la creencia de la época en la que algunos pensaban que era mejor no bautizar temprano a los niños para que así pudiesen pecar antes de ser consagrados a Cristo, lo cual era una especie de permisividad (ya que según el dogma cristiano, antes del Bautismo pertenecemos al maligno). Agustín creció aficionado a los juegos callejeros y ciertas tretas, aunque desarrolló un gusto por el estudio, las lenguas y las letras (pese a que odiaba el griego y por ende, los textos griegos como La Ilíada y La Odisea), pero prefería el Latín.

Después estudiaría artes liberales y retórica, y empezaría a tener oficio y relativo éxito en esta disciplina, al tiempo que se dedicaba a los placeres mundanos, sexuales (no quería comprometerse con una mujer ni casarse sino "explorar"), desarrolló una afición a los espectáculos públicos como el teatro y el circo romano (del que diría después que era un horror que alguien disfrutase de aquello). Aquí ya está en Cartago y más tarde marcharía a Milán. Más tarde se uniría a la corriente de pensamiento y religión maniqueísta, en la que empieza un camino espiritual de búsqueda sobre todo del origen del bien y del mal (el Maniqueísmo sostenía que el bien y el mal eran dos sustancias independientes), y aunque empieza a conocer sobre los textos sagrados y el Cristianismo, aún su vena lógica y racional no le permitían creer en Cristo y sus misterios, sobre todo el de la Encarnación. Por este tiempo es profesor de retórica, pero se empieza a dar cuenta que todo lo que repite son mentiras y acomodamientos de la palabra y la lógica, así que decide dejar de dar clases, y es cuando conoce al arzobispo de Milán, San Ambrosio y este cambia su pensamiento y fe con el fervor de sus discursos. A partir de ello y de sus lecturas del autor neo-platónico Plotino, Agustín reconstruye su fe y sus creencias y se convierte en Cristiano. Su mayor lucha -cabe resaltar aunque se conoce- era la de la abstinencia. Finalmente la venció y decidió no tomar esposa sino consagrarse completamente a Dios.

Es entonces cuando su curiosidad y sus inquietudes filosóficas y existenciales aparecen en este libro, y aunque en el mismo estilo formal y narrativo, pasamos de una autobiografía-testimonio a un tratado filosófico en el que San Agustín pregunta y responde, indaga y elabora ideas acerca de los grandes temas como el cuerpo y el alma, qué es el tiempo (el pasado, presente y futuro), la memoria, la Creación, el origen de las cosas, el origen de la tierra y del Universo mismo (es casi una aproximación a la astrología y a la física cuántica), la nada y el todo, el antes de la existencia y del origen del mundo/universo. La Nada, así con mayúsculas, quizás el primer filósofo que hizo disquisiciones sobre este tema. El tiempo, el transcurrir del tiempo, la memoria como medidora de ese transcurrir y el alma misma como medida del tiempo son el mayor enigma (como él mismo lo dice) que trata de desentrañar en la mayor parte de la segunda mitad de este libro.

No es un libro de lectura fácil por su estilística (barroca antes de que existiera el barroco), pero el ritmo que tiene es incesante, casi como el transcurrir del tiempo mismo pero con una vena lírico-espiritual que lo hacen fluir como un cántico. Sí, como una larga plegaria en la que se va develando el hombre, la existencia, Dios y el universo.
April 25,2025
... Show More
signore e signori a distanza di 14 anni recensisco la mia numero uno, con questa opera scritta agli albori del cristianesimo in una città dell'algeria, Ippona, prima e più importante autobiografia che sia mai stata scritta da un essere umano, è ciò che ha dato il via ad un meraviglioso viaggio che ho intrapreso e che continuo. La lettura delle vite della più grande mente del primo millennio e forse anche del secondo e del terzo, ovvero Sant'Agostino vescovo di Ippona è stato il mio battesimo da lettore. la prima vita del piccolo Augusto molto libertina e lasciva con i primi passi nel tribunale di Cartagine ha lasciato il posto anni dopo, a Milano, allora capitale dell'impero, e con l'auito del vescovo di Milano Ambrogio ad una vita consacrata a Dio quale primo e vero portatore di Verità. quella vera, non quella finta che l'avvocato Agostino declamava nei tribunali per far vincere i propri clienti. A Milano successe un unicum nella storia dell'umanità e del cattolicesimo, fino ad allora non era mai successo e mai succederà che due dei 4 Padri della Chiesa d'Occidente si incontrassero e che uno battezzò l'altro. l'opera è una lunghissima preghiera a Dio ma anche una confessione in cui il Vescovo appunto confessa e chiede perdono a Dio della sua precedente vita e del fatto che abbia abbracciato vari e finti dei prima di approdare nelle braccia dell'unico e vero Dio.

vi prego mi rivolgo a chi ancora non ha letto quest'opera per i motivi che solo lui/lei sa magari perché la vede come un'opera noiosa e/o difficile (cosa che non è) o perchè è ateo/a. provate a leggere, iniziate la lettura, troverete parole che non si usano più espressioni che non si usano più. ma credetemi quest'opera è più attuale della Bibbia. Tolto il Nuovo Testamento, le confessioni di Sant'Agostino è il testo più importante del Cristianesimo
April 25,2025
... Show More
Rereading this book I am reminded once again how powerful it is and how modern it seems to be. Like all classics it bears rereading and yields new insights each time I read it. But it also is unchanging in ways that struck me when I first read it; for Augustine's Confessions is both an apologetic account of his intellectual search for understanding and wisdom, yet in pursuing that search finding a rootlessness due to an ultimate dissatisfaction with different philosophical positions that he explores. From the carnality of his youth to the moment in the Milanese Garden when his perspective changed forever you the story is an earnest and sincere exposition of his personal growth. You do not have to be a Catholic or even a believer to appreciate the impact of events in the life of the young Augustine. The certainty for which Augustine strives is not found in philosophy alone, but rather in faith, only Christian faith, is this certainty possible for him. Having recently read Cicero myself, I was impressed that Cicero's writing had an important impact on Augustine.

His relations with his mother, Monica, are among those that still have impact on the modern reader. The combination of his personal insights, relations with friends and teachers, and the unusual (for his time) psychological portrait make one realize that this is one of those "Great" books that remind you that true insight into the human condition transcends time and place.
April 25,2025
... Show More
Há muito que queria ler as Confissões de Agostinho de Hipona. Achava curioso que um «santo» tivesse exposto a sua vida numa altura em que os intelectuais e os religiosos se debatiam ainda com o legado platónico e aristotélico, por um lado, e por outro com a legitimação do cristianismo trinitário (ou catolicismo), resultante do primeiro concílio de Niceia (325), face às múltiplas «heresias» que vinham grassando por todo o espaço do Império Romano. Agostinho (n. 354-m. 430), refere-o aqui, aderiu à heresia maniqueísta até aos 28 anos, altura em que se dirige a Roma e depois a Milão. Aí, através das conversações com Ambrósio, bispo daquela cidade, abraçará o catolicismo e dedicar-se-á a combater as correntes doutrinárias que em Niceia haviam sido consideradas heréticas. Muito do que escreverá ao longo da sua vida, de carácter teológico-filosófico-psicológico, é movido pela vontade de arrasar os sofismas dos arianos, maniqueus, donatistas e pelagianos, mas também contra os académicos (dualistas) e neo-platónicos.

Formado em retórica durante a juventude em Tagaste, cidade onde nasce, e em Cartago depois, será mais tarde professor em Roma. Toda essa informação nos é dada nos primeiros 8 livros deste livro (composto por 13 no total), juntamente com uma proclamação dos dogmas da Trindade. Agostinho expõe os seus pecados da carne, o seu concubinato até aos anos de Milão, as travessuras de criança, a sua relação com a escola (onde pelos vistos não gostava de estar) e com a família. É, se quisermos, um santo a mostrar-se homem. Santo ou não (prefiro chamar-lhe só Agostinho), é um dos grandes génios da humanidade a contar-nos a sua vida e a lamentar os seus erros. Vai, por isso, muito para além dos faits divers: o conhecimento da Bíblia e dos autores gregos e latinos atravessa todo o livro, assim como as disputas teológicas da época, o que nem sempre é fácil de acompanhar. É, no entanto, um documento histórico impressionante e de grande valor, sobretudo para o conhecimento dos sécs. IV-V.

Agostinho nasce entre a promulgação do Édito de Milão (313), que terminava com as perseguições aos hereges (cristãos e judeus) e outorgava uma liberdade de culto, e o Édito de Tessalónica (380), que estabelecia o cristianismo como culto oficial do Imperador e do Império. (Os restantes cultos, de acordo com aquele édito, eram doravante julgados «dementes e loucos sobre os quais pesará a infâmia da heresia» [reliquos vero dementes vesanosque iudicantes haeretici dogmatis infamiam sustinere], curiosamente). Assiste, em 395, à morte do imperador Teodósio I e à consequente divisão do Império Romano entre Ocidente (cuja queda acontece em 476, embora Carlos Magno volte a reivindicar o título imperial no ano de 800, sob a designação de Sacro Império Romano-Germânico, e que perduraria até 1806) e Oriente (que subsistirá com a designação de Império Bizantino até 1453). Não viveu o suficiente para assistir à presúria de Roma pelos povos germânicos, mas os seus 75 anos de vida serviram-lhe para sintetizar muito do pensamento anterior e projectar o pensamento medieval. Não é pouca coisa.

De facto, os pensamentos de Agostinho influenciaram muito do que se escreveu ao longo da Idade Média. Desde a adopção do estilo de vida monástico do bispo de Hipona, preconizada pelos cónegos regrantes de Santo Agostinho (que se fixam em Santa Cruz de Coimbra por outorga de Afonso Henriques, por exemplo, de onde emanariam uma forte influência espiritual e cultural, produzindo várias hagiografias, anais e crónicas entre o séc. XII e XV, mas também posteriormente) e outros ramos da chamada família agostiniana regrante, à influência intelectual. Nesse domínio são exemplos a Autobiografia de Guibert de Nogent, confessional ao estilo agostiniano, os Contra de Tomás de Aquino ou o De planctu eclesiae de Álvaro Pais (um ilustre desconhecido que em boa verdade devíamos conhecer, ou ouvir falar, tanto quanto Aquino ou Agostinho). Na realidade a influência de Agostinho ainda não cessou de se exercer. O que escreve aqui sobre o tempo, sobre a memória ou sobre a verdade pode ainda hoje servir para iniciar uma profunda e séria reflexão. Noutros casos, entrega-se a dogmas de que ainda hoje a Igreja se alimenta. São por isso as confissões e o pensar de um homem de fé. Essencialmente, um homem.
Leave a Review
You must be logged in to rate and post a review. Register an account to get started.