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Já tinha lido esta peça muitos anos atrás. Mas agora li-a com muito mais proveito, pois li a Ilíada recentemente e estava, portanto, muito mais familiarizado com o "espírito" grego. E a tradução portuguesa da Edições 70, apesar de ser em prosa, é de leitura muito, muito poética, como aliás é tão típico dos portugueses. As frases são tão bem redigidas, a sonoridade é tão bem construída e natural ao mesmo tempo! Foi um grande prazer.
Quanto ao conteúdo, uma das coisas que mais me marcaram foi a idéia de a progênie carregar consigo o legado dos atos abomináveis cometidos pelos pais. Prefiguração do tema judaico-cristão do pecado original? Antes, creio eu, expressão de uma mesma realidade, porém num plano menos profundo, menos abrangente, já que os gregos concebiam a transcendência de uma maneira mais, por assim dizer, naturalista; isto é, como algo que se passaria em um mundo quase que contíguo a este aqui.
Quanto ao conteúdo, uma das coisas que mais me marcaram foi a idéia de a progênie carregar consigo o legado dos atos abomináveis cometidos pelos pais. Prefiguração do tema judaico-cristão do pecado original? Antes, creio eu, expressão de uma mesma realidade, porém num plano menos profundo, menos abrangente, já que os gregos concebiam a transcendência de uma maneira mais, por assim dizer, naturalista; isto é, como algo que se passaria em um mundo quase que contíguo a este aqui.