The narration, which essentially relies on brief, terse, and raw dialogues, nurtures the void of the event and the facts related seem heavy with insignificance.

No element reaches a conclusion, neither the plot around the passionate crime nor the nascent relationship between the two characters. It is a culture of failure.

There are so many frustrations in the face of this total lack of explanations and it is up to the reader to appropriate the story without real indications.

The use of short dialogues gives the narrative a certain disjointedness, making it difficult for the reader to fully engage and understand the true meaning and significance of what is happening. The lack of a clear resolution to the plot and the relationship only adds to this sense of dissatisfaction.

However, perhaps this is the author's intention, to force the reader to think and interpret for themselves, to create their own meaning from the sparse and often confusing details provided.

In the end, the reader is left with a sense of ambiguity and uncertainty, but also with a newfound appreciation for the power of the written word to inspire and challenge.

By the time I finished my first reading of this novel in 1979, I had fallen completely in love with Duras.

At that moment, for me, it was experimental fiction that truly 'worked'.

For those who are uncovering it today, it stands as one of the first 'classics' penned by an equally classic novelist, best recalled for her 'autofictional' masterpiece 'The Lover'.

To my mind, it still endures as the 'Madame Bovary' of its era - and the ideal gateway into Duras' enchanting world.

Her writing style, with its unique blend of lyrical prose and profound insights, draws the reader in and holds them captive.

The characters she creates are vivid and complex, their emotions palpable and relatable.

Each page seems to unfold a new layer of mystery and beauty, making it impossible to put the book down.

Even after all these years, the novel continues to resonate with me, leaving an indelible mark on my literary sensibilities.

It is a testament to Duras' genius that her work can still touch the hearts and minds of readers decades after its initial publication.

The pen was beautiful and smooth.

However, I didn't understand.

It was strange.

Maybe I am just too tired and zone out often?

But still, it's a bit concerning.

I wonder if there's something else going on.

Maybe I should take a break and see if that helps.

Or maybe I need to get more rest at night.

Either way, I hope this doesn't continue.

It's affecting my ability to understand things clearly.

I'll keep an eye on it and see if there are any changes.

If not, I might have to seek some help.

Pousou de novo a mão em cima da mesa. Ele seguiu o gesto com os olhos e penosamente compreendeu. Levantou a dele, que pesava como chumbo, e pouso-a sobre a dela. As mãos deles estavam tão frias que se tocaram ilusoriamente apenas com essa intenção, para que ficasse feito, com a única intenção de que o ficasse, não de outro modo, já não era possível. As mãos deles ficaram assim, imóveis na sua pose mortuária.

Tal como um outro livro de Marguerite Duras que li há pouco tempo, este podia intitular-se a “A Doença da Morte”. Pois também ela está entranhada em “Moderato Cantabile”, tanto pelo crime que faz a protagonista voltar inúmeras vezes ao café onde ele ocorreu, como nos vocábulos e imagens usadas pela autora, desde as magnólias murchas até aos repetidos ocasos.

Atraída por um crime aparentemente passional, Anne entabula conversa com Chavin, que estava presente aquando do incidente e está disposto a informar-se sobre o trágico casal para lhe satisfazer a curiosidade. Há álcool, cansaço e desespero nessa infeliz relação, fazendo-me lembrar “Os Cavalos Também se Abatem”, de Horace McCoy.

“Moderato Contabile” é um texto compacto mas extremamente rico, escrito no estilo etéreo que tanto me agrada nesta autora. A história se desenrola com uma lentidão intrigante, permitindo que o leitor se submeta ao mundo sombrio e melancólico que Duras cria.

As personagens são complexas e misteriosas, e a relação entre Anne e Chavin é cheia de tensão e ambiguidade. O crime que ocorre no início do livro serve como um catalisador para a descoberta da verdadeira natureza da solidão e da angústia que assola Anne.

O uso de imagens poderosas, como as magnólias murchas e os ocasos repetidos, contribui para criar uma atmosfera de decadência e morte. E as conversas entre as personagens são repletas de subtextos e silêncios, deixando muito ao discernimento do leitor.

Em resumo, “Moderato Contabile” é um livro que me deixou profundamente impressionado. Sua linguagem poética, suas personagens complexas e sua história intrigante tornam esse livro uma obra-prima da literatura francesa.