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April 25,2025
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تصف هذه الملحمة الإنسانية قصة رجل كافح بأشد مايمكن لهذه الكلمة من معنى ليصنع حريته الخاصة غصباً عن الشرطة والقانون والمجتمع بأسره!
هنري شاريير رجلٌ حُكم عليه بالسجن بسبب جريمة لم يرتكبها “ على حسب قوله”، وأرسل إلى جزيرة غويان الفرنسية “ ثلاث جزر صغيرة مخصصة حصراً لتكون سجناً” . في البداية لم أفهم الأمر، كيف لمجرم أثبت القانون إجرامه أن يسهب في وصف الحياة الشريفة ويصر وبشكل عجيب على تطبيق العدل وإحقاق الحق؟! كيف لرجل وضع تحت اسمه عبارة “ خطر جداً” أن يتحدث وبحماسة شديدة عن الشرف وكلمة الرجال وإسداء الجميل؟
هنري أنت مجرم، الشرطة اكتشفت ذلك والقانون صدقه، لقد نبذك المجتمع، نبذتك دولتك، بل ونبذتك الحضارة بأسرها! لكن لا، هذه ليست الحقيقة المطلقة، فلا شرطة ولا هيئة محلفين تستطيع أن تختبر المعدن الحقيقي للرجال، سواء كانوا مذنبين أم لا..

الرواية تحكي قصة حقيقية، قصة أغرب من الخيال نفسه، قصة تجرد وحشية بعض البشر وتضعها تحت مسائلة العامةالذين لم يكونوا يعرفوا بوجودها من قبل، أو تغاضوا عنها طويلاً.

مشكلتي هُنا أني لا أعرف ماذا أقول! أأحكي قصص الهروب التسعة التي نجح ثلاث منها فقط؟
أأحكي قوة صبر وجلد بابي في تحمل كُل هذه الإنكسارات واحداً بعد الآخر لإيمانه الصلب بسمو روحه البشرية وتساويها مع غيرها من البشر؟
أم أتكلم عن الرسالة الموضحة بتكرار واضح وصريح وباين للعنان، بأن العنصرية التي سلطناها سيفاً مصوباً على رقابنا ليست إلا نذير موت نبشر أنفسنا به رعباً ؟

“”
ماذا تعني الحضارة أيها المدير؟ هل تعتقد لأننا نملك مصاعد كهربائية وطيارات وقطارات تحت الأرض، هل في هذا برهان على أن الفرنسيين هم أكثر حضارة من أناس استقبلونا وبذلوا لنا العناية؟ في رأيي المتواضع أن الحضارة الإنسانية هي بمقدار السمو الروحي وفهم كل مخلوق في هذا المجتمع الذي يعيش في سذاجة في هذه الطبيعة ولو لم يستكمل - وهذه حقيقة- أسباب الحضارة الصناعية وحسناتها، فإذا لم تتوفر لهم منجزات التقدم لم يحرموا من عاطفة محبة الله المسيحية التي هي أسمى من كل ادعاءات الحضارات في العالم. فأنا أفضل أن أكون أمياً في هذه الضيعة على المجاز في الأداب من السوربون في باريس الذي تقمص يوماً ما روح المدعي العام وحكم علي. فالأول هو دوماً الإنسان، والآخر نسي أنه إنسان. “”






ملاحظة جانبية:
لطالما شق علي التحدث عن الكتب التي تعجبني جداً وتجعلني مبهورة، هذه الرواية ليست قصة حقيقية فحسب، إنها ملحمة بطلها شخص واحد وثقته المطلقة بإنسانيته السامية القابلة للإصلاح والتعديل.
April 25,2025
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Papillon narra a saga do próprio autor, Henri Charrière, de seu apelido Papillon, devido à borboleta tatuada no peito, nos meandros do sistema prisional da Terceira República Francesa e, posteriormente, da França de Vichy, sob a forma de uma interminável mistura entre o discurso directo e indirecto, atestando a sua qualidade de literatura oral. Residente em Paris, e autor de pequenos delitos, Charrière é injustamente acusado do assassínio de um chulo, Roland Le Petit, e condenado a prisão perpétua na colónia penal da Guiana Francesa e, mais tarde, na desolada ilha do Diabo, onde também Dreyfus esteve aprisionado. Doravante, toda a sua estadia na cadeia é devotada a um único propósito, evadir-se, custe o que custar. A uma primeira fuga, com a duração aproximada de um ano, seguir-se-ão outras, misturadas com várias peripécias paralelas, até à evasão final, que lhe dará definitivamente a liberdade, há tanto tempo almejada.

Se bem que, do ponto de vista literário o livro tenha os seus atractivos, capazes de levar à venda de cerca de um milhão e meio de exemplares, tendo em conta apenas o ano do seu lançamento (1969), desde então a crítica tem-se centrado na veracidade da obra como uma autobiografia. É um facto que Charrière foi preso em 1931 por assassinato e condenado a trabalhos forçados na Guiana Francesa. É também um facto que de lá se evadiu e se radicou venezuelano, como o próprio nos indica, na conclusão de Papillon. Contudo, subsistem dúvidas quanto à autenticidade dos acontecimentos relatados entre a sua prisão e a sua fuga.

Terá Charrière fugido uma primeira vez, e estado alojado junto dos índios da península colombiana de La Guajira, pouco após a sua chegada à Guiana? Terá sido sujeito a confinamento, durante mais de um ano, na solitária da ilha de São José, em condições de silêncio absoluto, fechado 24 horas por dia, sem acesso à luz do sol? Por último, terá sequer estado preso na ilha do Diabo, que descreve incorrectamente, a nível topográfico, e sobre cuja presença não há menção nos registos criminais franceses? Estas, e várias outras questões, levantam dúvidas quanto à fidedignidade do relato do seu aprisionamento na colónia penal da Guiana. Perante as evidências, alguns críticos afirmam que apenas 70% da obra é verídica, enquanto outros apontam para meramente 10%, com base em estudos dos registos criminais e em declarações de prisioneiros contemporâneos de Charrière. A teoria mais comummente aceite é a de que apenas parte de Papillon é autobiográfico, constituindo o grosso da obra um agregado de histórias de outros presos, com quem Charrière terá travado conhecimento, alinhavando-as juntamente com as suas, ligadas por algumas tiradas inverosímeis e outros tantos artifícios ficcionais.

Todavia, o que a crítica não tem tido em conta é que, pese embora sejam reais ou imaginários os eventos retratados, o poder de Papillon reside precisamente na profunda e incansável luta pela liberdade, no exercício de expiação dos pecados de um condenado em direcção à regeneração moral e reinserção na sociedade. Naturalmente, esta intensa e aguerrida luta em prol da liberdade não poderia deixar de ecoar nos espíritos de qualquer povo que dela tenha sido privado – facto atestado pela publicação da presente edição portuguesa em Agosto de 1974, pouco mais de três meses após o 25 de Abril. Sobretudo, não poderia deixar de ressoar numa corda vital da alma francesa, que por diversas vezes pegou em armas para assegurar as suas “liberté, égalité, fraternité". Na verdade, existe todo um segmento da literatura francesa dedicado a este combate, do qual fazem parte O Conde de Monte Cristo, de Dumas pai, Os Miseráveis e O Último Dia de Um Condenado, de Victor Hugo. É claramente neste segmento que Papillon se insere, daí o seu imediato sucesso. O próprio Charrière tinha disso noção, ao ser influenciado, segundo afirmou ao editor, Jean-Pierre Castelnau, que o confidencia no prefácio, pela leitura de O Astrágalo, de Albertine Sarrazin, o relato da fuga da prisão de uma jovem francesa insubmissa e atormentada em busca da liberdade plena.

Paralelamente, não é possível dissociar a obra do contexto em que foi publicada, cerca de um ano após o Maio de 1968. Para a geração de 68, Charrière representava o revolucionário de si mesmo, sem causa alguma que não fosse a sua própria causa, a sua obtenção da liberdade individual, o seu individualismo optimista, perante qualquer circunstância ou opressão externa. Entronizado como o homem anti-sistema, o que era dizer anti-De Gaulle – epítome da resistência da França ao nazismo e arquitecto da recuperação económica galopante dos “Trinta Gloriosos”, no seu país, os anos de crescimento sem precedentes, sob a alçada do keynesianismo, entre 1945 e 1975 – Charrière tornou-se na figura modelo a seguir, para derrubar as barreiras conservadoras do status quo social-democrata. Isto mesmo foi percepcionado na época, segundo referencia Patrick O’Brien na introdução da edição britânica da obra, de 1970, por um ministro do governo francês, que relacionava o “actual declínio moral desesperado da França” com “o uso de mini-saias e a leitura de Papillon” (O’BRIEN, p. 9).

Contudo, talvez o contributo mais relevante da obra seja a extrema contradição para que aponta no seio do sistema político francês da sua época. Nas palavras de Henri Charrière:

“Nunca eu teria podido supor ou imaginar que num país como o meu – a França, paladina da liberdade no mundo inteiro, terra que deu à luz os direitos do homem e do cidadão – pudesse haver, mesmo na Guiana Francesa, numa ilha perdida no Atlântico, do tamanho de um lenço de bolso, uma instalação tão barbaramente repressiva como a prisão da ilha de São José” (CHARRIÈRE, p. 268)

Colocadas de lado todas as dúvidas que Papillon possa suscitar, ninguém discute a existência da colónia penal da Guiana Francesa e da penitenciária das ilhas da Salvação, que incluem a ilha do Diabo e a ilha de São José. Ninguém discute, também, a veracidade da grande maioria das descrições de Charrière das condições dos presos nesses locais: trabalhos forçados de uma dureza inumana, dieta insuficiente, exposição constante a doenças tropicais nocivas, péssimas condições de salubridade que chegavam até a potenciarem a lepra, em pleno século XX. Se duvidas houver, basta ter em conta o estado de saúde de Dreyfus, aprisionado cinco anos na ilha do Diabo, que nunca verdadeiramente recuperou das mazelas do encarceramento.

Como pôde, então, a França, paradigma da liberdade em si mesma, conceber um sistema prisional tão repressivo e sistematicamente destruidor de vidas humanas? Talvez Zizek nos possa fornecer uma resposta, através da sua hermenêutica das sanitas. Partindo da ideia da trindade ideológica europeia, centrada à volta dos pólos da França, Inglaterra e Alemanha, Zizek concebe as diferenças evidenciadas no design das sanitas entre estes três países como tendo um fundamento, ele próprio, ideológico. Ora, o modelo de sanita francês consiste precisamente num vaso sanitário em que o buraco excretor está na zona traseira, para que os excrementos sejam evacuados o mais depressa possível. Segundo Zizek, isto evidencia a atitude existencial francesa, que já Hegel diagnosticava, como a de uma precipitação, um arrebatamento, revolucionário (Consultar Referência n.º 1). Ora este desejo francês de se ver livre, o mais depressa possível, dos seus inconvenientes fisiológicos é precisamente análogo ao seu desejo, subjacente a semelhante sistema prisional, de neutralizar, rápida, eficaz e sistematicamente, os elementos transgressores e ameaçadores do bem comum.


Referências

O’BRIEN, Patrick (1970) – Introdução. In Charrière, Henri – Papillon. Londres: The Literary Guild.

CHARRIÈRE, Henri (1974) – Papillon. Trad. de Mário Varela Soares. Lisboa: Círculo de Leitores.

1 - Consultar “Hermeneutics of toilets by Slavoj Zizek”: https://www.youtube.com/watch?v=8mtZm... [Consultado a 20-9-2020].
April 25,2025
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كان عُمر بابيون خمسة وعشرون عامًا عندما حُكم عليه بالسجن مدى الحياة على جريمة لم يرتكبها. بعد محاولات عديدة وفاشلة للهروب استطاع أن ينجو في محاولته الأخيرة. فرّ من السجن بعد إحدى عشرة عامًا من الظلم والمعاناة والتوق للحرية، حيث استطاع بنجاح أن يصل إلى عاصمة غويان الإنجليزية. ومن ثم هرب إلى فنزويلا، حيث استقرّ فيها.

الرواية ملحمة إنسانية مؤثرة ومحفزة للتواقين للحرية، فإذا كنت قد شاهدت الفيلم سابقًا فقد فاتك الكثير، ففي الرواية تقرأ عن أحداث ومعاناة لم ترد في الفيلم.

أسلوب الكاتب رائع، سهل سلس وشيق، كتب بكل انسابية قصة سجنه ومحاولات هروبه. كتب أيضًا قصص سجناء آخرين، سبب سجنهم، معاناتهم من التعذيب في السجون، الجنون الذي أصاب البعض بسبب السجن الإنفرادي، مقتل بعض السجناء سواءً على يد سجناء آخرين أو على يد سجانيهم أو أثناء الهرب. ثقافة وأخلاق أُناس وشعوب عاصرهم وعاش معهم، منهم الطيب ومنهم الشرير.

أحداث مؤلمة وأخرى جميلة ستقرئها في هذه الرواية. من أبشع ما ستقرأ عن السجن الانفرادي الذي كان يُسمّى بسجن آكل الرجال!.

رواية شيقة ومُلهمة عن الحرية والعدالة والظلم والبؤس، التعذيب اللاإنساني الذي يمارسهُ السجّان على أخيه الإنسان.




اقتباسات…




“أدانتني المحكمة وأنا بريء..!”.

“لقد حولني قمع العدالة إلى رقّاص ساعة، فالذهاب والإياب في الزنزانة هما كل عالمي”.

“ليس من حق الشعب أن ينتقم في صورة سريعة أو أن يخلع الأشخاص الذين أساؤوا إلى المجتمع، فهؤلاء الأشخاص أولى بالعناية بدلًا من معاقبتهم بصورة لا إنسانية”.

“الناس الصرحاء الذين لا يراؤون وهم على درجة حسنة من التربية الحضارية، تكون ردود الفعل عندهم عفوية، وسرعان ما يبدو عليهم الفرح أو الحزن، السرور أو الغم، الاهتمام أو اللامبالاة”.

“لم أستطع أن أتحمل أو أتصور أن بلدًا مثل بلدي فرنسا أم الحرية في العالم أجمع، الأرض التي أنبتت حقوق الإنسان والمواطن، كيف أمكن مع ذلك أن تقيم في غويان، فوق جزيرة ضائعة في الأطلسي لا تزيد مساحتها على رقعة منديل، بربرية زجرية، مثل الانفرادي في سان جوزف”.

“انعموا بالنوم الهادئ أيها الجبناء الذين حكمتم علي. انعموا بالنوم، وأظن أنكم لو علمتم مآلي لرفضتم وترعرعتم عن أن تكونوا من طالبوا بتطبيق مثل هذه العقوبة”.

“احذر نظرة منك كاذبة أن تحسب السجّان إنسانًا سَوِيًّا. إن ينتسب إنسان إلى هذه المجموعة فليس جديرًا بهذه التسمية. وقد يعتاد المرء على كل شيء في هذه الحياة حتى الدناءة قد يجعل منها ديدنه. ولا يرعوي إلا إذا دنا من القبر وخشي ربّه إن كان ديّناً فيمسي خاشعًا نادمًا. لا لأن ضميره يؤنبه بل لأنه يخاف أن يحاسبه به على ما جنت يداه وأن الله هو الحاكم الذي سيحاكمه”.

“أقول بكل إخلاص: إنني أفضل أن أكون مجرمًا على أن أكون سجّانًا”.

“الحياة، الحياة، الحياة، هذا ما يجب أن يكون مذهبي الأوحد”.

“عليّ أن أحلم وأن أحلّق في جو الخيال قدر المستطاع مختارًا الأفكار السعيدة حتى أبعد عن نفسي شبح الجنون”.

“الحياة، الحياة، الحياة. عليّ أن أردّد كلمة الأمل هذه ثلاثًا، كلما شعرت بالاستسلام إلى اليأس، لا يأس مع الحياة”.

April 25,2025
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I wanted to read this book so badly - I was in 7th grade, my sister wanted to take drivers education. She did not want to ride her bike alone, so she bribed me. Allowing me to read on the church steps while I waited for her lesson to be over. BUT I GOT TO READ THE BOOK! I really liked it. The descriptions were so vivid, the story so gripping. I do not know where my sister got the book, I seriously doubt she had read it. OMG Epiphany! It was my dad's book! He gave it to her to bribe me with so she did not go alone & I was basically occupied for the hours.... hmmmmm that is a really good theory.... :O
April 25,2025
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Una historia emocionante la de Henri Charriere, llena de acción, drama y tensión. Una gran evasión con múltiples y variados escenarios. Recomendable.
April 25,2025
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The blurb did intrigued me enough to pick it up but didn't think I would care much for it but surprisingly enough it was hard to stop listening to. An story that was hard to put down and even as it's not an happy book it was definitely a book that I've been thinking about a bit after finishing it
April 25,2025
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A escrita pareceu-me um tanto básica mas é uma grande história de resistência e persistência e um retrato do que era o degredo nas colónias, neste caso francesa. Apontado como autobiográfico, acredito contudo que tenha havido lugar a alguma ficção. Apesar de conhecer a história através do cinema não deixei de apreciar o livro que foi uma boa companhia de férias.
April 25,2025
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Mi-a luat ceva timp să intru în atmosfera cărții - primele 100 de pagini m-au plictisit și am fost foarte aproape de a abandona cartea. Însă, pornind de la un eveniment, cartea capătă contur, peripețiile protagonistului devin interesante și mă bucur că nu am renunțat la Papillon.
Recenzia, aici.
April 25,2025
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روحت شاد آقای شاریر
کمی خواندن کتاب برای سخت بود به این خاطر که از شدت علاقه ام و خاطرات قدیمی خودم با مرحوم پدرم که او هم عجیب علاقه ای به این سرگذشت عجیب داشت با هم دیگر ده باری فیلم قدیمی را دیده بودیم و همینطور بازآفرینی همان فیلم که فکر می کنم سال گذشته دیده بودم.
خوب قدری هیجان داستان برایم کاسته شده بود ، مثلا زمانی که پاپیون به جزیره ی جذامی ها می رسد من متاسفانه می دانستم که بیماری ای در کار نخواهد بود یا اینکه آن مردم خسته جان بر خلاف آدم های شیک و اتو کشیده داستان همان هایی خواهند بود که کمکش می کنند. خوب این ها را که بدانی کشش داستان کم می شود.
اما اضافه های کتاب نسبت به فیلم هم به شدت زیاد است . مثلا فرار اول آقای شاریر حدود یک سال و به طول 2500 کیلومتر درازا دارد که اصلا نه در یک فیلم سینمایی قابل پرداختن بوده و نه پرداخته شده است.
خوبی دوم کتاب هم این بود که مرا با جغرافیایی از کره ی خاکی آشنا کرد و تحریک نمود تا مطالعه کنم که تقریبا هیچ اطلاعی از وجود چنین مکان هایی نداشتم.
اما به نظرم دلیل این بی صدا بودن چنین اثر بزرگی دلیل سیاسی هم دارد. انگار برنده های جنگ سرد می خواهند همه ی آدم ها وقتی نام اردوگاه کار اجباری به گوششان می خورد فقط و فقط یاد اتحاد جماهیر شوروی بیفتند و آمریکایی اروپایی های نایس و شیک پوش را حداقل در ته ذهن خودشان مبرا از این عمل کثیف بدانند.
اگر بدبینی من به این جماعت درست باشد و عمدا اینکار را کرده باشند هم باید قبول کنیم که خیلی هم موفق بوده اند.
خود من یک نمونه اش اصلا روحم خبر نداشت که در فرانسه هم از این خبر ها بوده است.
بگذریم کتاب بسیار جذاب و سرگذشت به شدت پر فراز و نشیبی است. اگر اقتباس سینمایی اش را ندیده اید ، هرچند که آن هم به معنای واقعی کلمه درخشان است ، اما باز هم نبینید و کتاب را باز کنید و حال اش را ببرید اگر هم دیده اید باز هم توصیه می کنم بخوانید واقعا ناگفته های زیادی دارد.
همزیستی ای که آقای شاریر یا همان پاپیون داستان با هرکس و هر جماعتی برقرار می سازد تا بتواند در کنار همه با شرافت گذران روزهای زندان کند ، به همان اندازه ی تلاش برای فرار و به دست آوردن آزادی ستودنی ست.
والسلام.
April 25,2025
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Sentenced to life imprisonment in a penal colony in French Guiana for a murder he always claimed he didn't commit, Henri Charrière's ambition to regain his freedom led him to escape from the various locations he was imprisoned him no fewer than nine times in the thirteen years since being transported from his homeland, with a succesion of incredible adventures along the way before he finally got away for good. While the veracity of all his claims has come into doubt in the decades since the book's publication and some of his more outlandish feats and experiences are indeed hard to credit, it certainly is an amazing story no matter how much of it is nothing but the truth. Some of the language used, especially regarding race and sexuality and towards women, is rather dated, to put it mildly, but this was nevertheless a worthwhile read.
April 25,2025
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I have been meaning to read this book for a long time so I decided to tackle the 600+ pages this week.
I loved the film and enjoyed the book almost as much. I have read that there is a debate as to how much of the story is Charriere's own experiences but nevertheless it makes a great read.
Even though some of the adventures do take a lot of believing he obviously lived an extraordinary life and this book is well worth reading.
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