...
Show More
Este ‘Dias da Birmânia’ foi o primeiro romance de George Orwell antecedendo os mega-sucessos (dois últimos livros): “Triunfo dos Porcos” e “1984”.
A estória está excelentemente contada, com abundância de descrições, belíssimas, sobre o território que hoje se designa Myanmar – por isso mesmo, algumas vezes, recordou-me as Viagens na Minha Terra, tão caseiro, mas publicado mais de cinquenta anos antes.
Não tendo ‘aproveitado’ a oportunidade enquanto aluno em Eton (o King's College of Our Lady of Eton) e as portas ‘folheadas a ouro’, das carreiras que abre, Orwell, segue para o Indian Civil Service, (via para o funcionalismo no império britânico na Índia), e faz carreira como polícia na Birmânia, onde recolhe o conhecimento e o enquadramento, físico e social, para esta estória.
Pese embora alguns receios iniciais de que a obra pudesse causar escândalo (mais precisamente: acções judiciais) na Inglaterra da época, tendo sido primeiro editada nos EUA, não tem ainda a profunda carga política que encontraremos mais tarde. Tem, outrossim, uma caracterização, notável, das (más qualidades) humanas, ou talvez, das características inerentes à espécie humana que catalogamos normalmente como negativas, atrozes, pretendendo que o mainstream é muito mais róseo e muito diferente do odioso habitualmente varrido para debaixo dos tapetes.
Li a edição original, em inglês, da Collins.
A estória está excelentemente contada, com abundância de descrições, belíssimas, sobre o território que hoje se designa Myanmar – por isso mesmo, algumas vezes, recordou-me as Viagens na Minha Terra, tão caseiro, mas publicado mais de cinquenta anos antes.
Não tendo ‘aproveitado’ a oportunidade enquanto aluno em Eton (o King's College of Our Lady of Eton) e as portas ‘folheadas a ouro’, das carreiras que abre, Orwell, segue para o Indian Civil Service, (via para o funcionalismo no império britânico na Índia), e faz carreira como polícia na Birmânia, onde recolhe o conhecimento e o enquadramento, físico e social, para esta estória.
Pese embora alguns receios iniciais de que a obra pudesse causar escândalo (mais precisamente: acções judiciais) na Inglaterra da época, tendo sido primeiro editada nos EUA, não tem ainda a profunda carga política que encontraremos mais tarde. Tem, outrossim, uma caracterização, notável, das (más qualidades) humanas, ou talvez, das características inerentes à espécie humana que catalogamos normalmente como negativas, atrozes, pretendendo que o mainstream é muito mais róseo e muito diferente do odioso habitualmente varrido para debaixo dos tapetes.
Li a edição original, em inglês, da Collins.