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Cães negros é mais uma das grandes obras de Ian McEwan, que apesar de não ter a construção tão grande da guerra como ocorre em Reparação, ainda assim, é uma obra sobre o inimigo à espreita, seja ele nós mesmos, ou aqueles agentes disfarçados da Gestapo sempre pontuais para praticar a barbárie.
Aqui, estamos diante de dois ex-membros do partido comunista inglês, June e Bernard e dos desentendimentos ideológicos que gravaram o futuro dos dois, que, embora tardiamente, tentam, ao seu modo, via consciência se desvincular dos horrores ao qual participaram, ainda que de modo mais abstrato ao estarem ligado ao partido.
Com o rompimento do casal em lua de mel ter se dado sob uma circunstância atípica, muito fica dado ao leitor a compreender as alegorias de McEwan, a sutileza do amor abordado, as ideologias que foram base do século passado e o rastro deixado pelo conflito não apenas no casal, e sim, reverberando até hoje em cada um de nós. Tudo isso ocorre sob os tempos sombrios da humanidade que estão nas poucas páginas da obra, que a mim, foi uma ótima leitura, já que nos lembra sempre de estar vigilantes quando os cães negros da história voltarem para nos assombrar.
Aqui, estamos diante de dois ex-membros do partido comunista inglês, June e Bernard e dos desentendimentos ideológicos que gravaram o futuro dos dois, que, embora tardiamente, tentam, ao seu modo, via consciência se desvincular dos horrores ao qual participaram, ainda que de modo mais abstrato ao estarem ligado ao partido.
Com o rompimento do casal em lua de mel ter se dado sob uma circunstância atípica, muito fica dado ao leitor a compreender as alegorias de McEwan, a sutileza do amor abordado, as ideologias que foram base do século passado e o rastro deixado pelo conflito não apenas no casal, e sim, reverberando até hoje em cada um de nós. Tudo isso ocorre sob os tempos sombrios da humanidade que estão nas poucas páginas da obra, que a mim, foi uma ótima leitura, já que nos lembra sempre de estar vigilantes quando os cães negros da história voltarem para nos assombrar.