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April 1,2025
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I loved this so much! So many great, meaningful metaphors about nature and humanity. It's like zen with nature. The writing is lovely. I will read more of his work for sure!
April 1,2025
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Notas importantes que quero preservar aqui porque vou emprestar este livro a muita gente:

"Podemos renunciar à esperança de ser eternos e deixar de combater a sujidade. Podemos expulsar os mosquitos e erguer vedações contra as raposas sem as odiarmos."

"O poder regional não se «senta», antes flui por toda a parte. Por bacias hidrográficas e correntes sanguíneas. Por sistemas nervosos e cadeias alimentares. As regiões estão por todo o lado e em lado nenhum. Somos todos ilegais. Somos nativos e estamos descontentes. Não temos país; vivemos no campo. Estamos longe das estradas interestaduais. A Região é contra o Regime - qualquer regime."

"O «sonho» ou o «tempo do sonho» refere-se a uma época de fluidez, de metamorfose, de conversação e sexualidade interespecíficas, de acções radicalmente criativas, de alteração de paisagens inteiras. E frequentemente encarado como um «passado mítico», mas na realidade não pertence a tempo nenhum. Podemos igualmente dizer que esse tempo é agora mesmo. É o modo do eterno momento da criação, do ser, em contraste com o modo da causa e efeito no tempo."

"O melhor propósito de tais estudos e caminhadas é podermos regressar às terras baixas e ver toda a paisagem à nossa volta - agrícola, suburbana, urbana - como parte do mesmo território - nunca inteiramente destruída, nem jamais inteiramente desnaturada. A terra pode ser restaurada, e os seres humanos podiam viver dela em números consideráveis. Enquanto caminhamos pelas ruas de uma cidade, o Grande Urso-Pardo caminha connosco, o Salmão sobe connosco o rio."

("A mente estuda o caminho correndo descalça").

"Dogen não está preocupado com «montanhas sagradas», nem com peregrinações, aliados espirituais ou com a natureza selvagem enquanto qualidade especial. As suas montanhas e rios são os processos deste planeta, toda a existencia, processo, essência, acção, ausência; enrolam num todo o ser e o não-ser. São aquilo que nós somos, e nós somos o que elas são. Para quem consegue ver directamente a natureza essencial, a ideia de sagrado é uma ilusão e um obstáculo - impede-nos de ver o que temos diante dos olhos: simples quididade. Raízes, troncos e ramos partilham a mesma aspereza. Não existe hierarquia nem igualdade. Não existe oculto nem exotérico, crianças sobredotadas ou crianças lentas. Não existe selvagem nem domesticado, preso nem livre, natural nem artificial. Cada um é totalmente o seu frágil eu. Apesar de estarem interligados, ou talvez por isso mesmo esta quididade é a natureza da natureza da natureza. O selvagem no selvagem."

"Uma outra expressão, «deixar o mundo», significa afastar-se das imperfeições da conduta humana - em particular as que são potenciadas pela vida citadina. Não significa distanciar-se do mundo natural. Para alguns, significava viver como eremitas de montanha ou como membros de comunidades religiosas. (...) «fazer do céu púrpura a sua cabana, do mar circundante o seu lago, rir-se à gargalhada na sua nudez, caminhar a cantar com os cabelos à dependura»"

"No mundo do veado a narrativa é uma pista de odores que é transmitida de veado para veado como uma arte de interpretação que é instintiva."

"Que rematada e requintada confusão paira em torno dos mitos quando se declara que, embora não sejam credíveis, eles constituem idealizações estéticas e psicológicas que conferem ordem a um mundo que de outro modo seria caótico, e que deveríamos comprometer-nos voluntariamente com elas!"

"Descer cristas rochosas e escarpas abruptas é em si mesmo uma especialidade. É uma dança irregular, de passos cambiantes, sobre lajes e cascalho. A respiração e os olhos seguem continuamente esse ritmo desigual, que nunca é regular nem compassado, mas flectido - com pequenos saltos, desvios, escolhendo sempre o lugar à vista para firmar o pé na rocha, continuar, avançando em ziguezague e de forma inteiramente intencional. O olho alerta fixado em frente, escolhendo o próximo apoio para o pé, sem nunca esquecer o presente passo. O corpo-mente está de tal modo unido a este mundo difícil que executa estes movimentos sem esforço, desde que tenha alguma prática. A montanha acompanha a montanha."

"Como seria curioso morrer e permanecer de pé durante mais um ou dois séculos. Desfrutar de uma «verticalidade morta». Se os seres humanos fossem capazes disso, ouviríamos notícias do género: «Henry David Thoreau tombou por fim.» A comunidade humana, quando saudável, é como uma floresta antiga. Os mais pequenos permanecem à sombra e ao abrigo dos maiores, chegando a enraizar-se nos seus corpos velhos e gastos. De todas as idades, todos crescendo e morrendo juntos. Aquilo a que alguns silvicultores aspiram - uma gestão de tipo «povoamento uniforme», ou seja, bosques de árvores da mesma idade crescendo juntas - afigura-se um totalitarismo racionalista e utópico. Nunca nos ocorreria deixar que os nossos filhos vivessem em instituições regimentais sem a possibilidade de visitas familiares e onde as suas mentes e corpos fossem moldados por profissionais que se limitassem a seguir manuais oficiais (escritos por pessoas que nunca educaram crianças). Porque o havíamos de fazer com as nossas florestas?"

"Nos governos e universidades do mundo parece haver demasiadas pessoas com um preconceito contra a natureza selvagem - e também contra o passado, contra a história. Dir-se-ia que os norte-americanos seriam capazes de viver de acordo com um criacionismo do tipo Câmara do Comércio, que se declara satisfeito com o Centro Comercial apresentado como divino. A integridade e o carácter dos nossos antepassados são recusados com um «Eu não seria capaz de viver assim», por pessoas que mal sabem sequer como hão-de viver. Uma floresta antiga é vista como uma espécie de lixeira meio-podre, de uma forma que não difere muito do modo como se vê a presença embaraçosa dos mais velhos."

"Temos de acentuar o pragmático argumento de que as árvores do mundo valem na prática mais de pé do que como madeira (...)"

"A abordagem ocidental das artes - desde a ascensão da burguesia, digamos - passou pela desvalorização do conseguimento e pelo incentivo a que todos procurassem continuamente produzir algo de novo. Isto implica um fardo considerável para os trabalhadores de cada geração, um duplo fardo na medida em que eles se julgam obrigados a rejeitar o trabalho da geração anterior para fazerem algo presumivelmente diferente e melhor. A ênfase no domínio das ferramentas, na prática e no treino continuados quase desapareceu. Numa sociedade que segue a tradição, a criatividade é entendida como algo que surge quase por acidente, algo de imprevisível, e cujo dom só está ao alcance de alguns. Não pode ser incluída num programa de estudos, e é preferível em pequenas doses. Devemos sentir-nos gratos quando surge, mas não é algo com que possamos contar."

"Há um ponto para lá do qual nenhuma prática ou treino nos podem levar. Zeami, o grande dramaturgo e encenador de teatro nô do século XIV, que também foi monge zen, referiu-se a esse momento como «surpresa». E a surpresa de nos descobrirmos sem necessidade de sermos nós próprios, unos com o nosso trabalho, capazes de nos movermos com facilidade e graça. Sabemos então o que significa ser uma bola de barro a girar, uma voluta de madeira branca e pura na ponta de um formão - ou uma das muitas mãos de Kannon, o bodisatva da Compaixão. Chegados a este ponto, podemos ser livres no trabalho e libertar-nos dele."

"Temos de ter cuidado para não sermos vitimizados pela nossa inclinação para a autodisciplina e trabalho árduo. Um talento menor pode conduzir-nos ao êxito no nosso ofício ou nos negócios, mas então nunca chegaremos talvez a descobrir que capacidades mais divertidas poderiam existir em nós. «Estudamos o eu para esquecer o eu», disse Dogen. «Quando esqueces o eu, tornas-te uno com as dez mil coisas.» Dez mil coisas significa todo o mundo fenoménico. Quando estamos abertos, esse mundo pode preencher-nos. Contudo, temos ainda assim de lutar com o curioso fenómeno da personalidade humana e com toda a sua complexidade, tão necessária como excessiva, que resiste a deixar o mundo entrar. A prática da meditação fornece-nos um modo de raspar, de amolecer, de curtir essa personalidade."

"(...) «um caminho que pode ser seguido não é um caminho espiritual». A actualidade das coisas não pode ser confinada numa imagem tão linear como a de uma estrada. A intenção da instrução só pode ser alcançada quando o «seguidor» foi esquecido. O caminho é sem dificuldade - não propõe por si próprio obstáculos, está aberto em todas as direcções. Nós, porém, atravessamo-nos no nosso próprio caminho - e daí que o Velho Mestre diga: «Esforça-te ao máximo!»
Também há mestres que dizem: «Não tentes provar a ti próprio nada de difícil, é uma perda de tempo; o teu ego e o teu intelecto vão atravessar-se no teu caminho: abandona todas essas aspirações fantásticas.» Dirão: «Neste momento, sê simplesmente o espírito que lê esta palavra e que sem esforço a reconhece - e terás apreendido a Grande Matéria.»"

"(...) «A cultura é uma macieira de pomar, a natureza é uma macieira-brava.» (Regressar ao estado selvagem é tornar-se amargo, adstringente, bravio. Não fertilizado, não podado, forte, resiliente, e todas as Primaveras espantosamente belo durante a floração.) Praticamente todos os seres humanos actuais são de uma variedade cultivada, mas podemos extraviar-nos de novo nos bosques."

"(...) não se trata de nos «tornarmos unos» ou de nos fundirmos com as coisas, mas de conservarmos delicadamente no espírito as noções de identidade e de diferença.
Pode significar vermos as casas, as ruas e as pessoas do nosso antigo lugar como se pela primeira vez. Pode significar que cada palavra é ouvida até ao seu mais profundo eco. Pode significar misteriosas lágrimas de gratidão. A nossa «alma» é o nosso sonho do outro."

"Os pensadores da Ecologia Profunda insistem em que o mundo natural tem valor por si próprio, que a saúde dos sistemas naturais devia ser a nossa primeira preocupação, e que esta atitude é a que melhor serve também os interesses dos seres humanos."

"Uma posição ambientalista radical adequada está muito longe de ser anti-humana."

"A natureza é o objecto de estudo, dizem, da ciência. A natureza pode ser investigada a fundo, como na microbiologia. O meio selvagem não pode ser tornado sujeito ou objecto do mesmo modo; tem de ser abordado a partir de dentro, enquanto qualidade intrínseca aquilo que somos. Em última análise, a natureza não está em perigo; mas a natureza selvagem, sim. O meio selvagem é indestrutível, mas é possível que nós não vejamos o meio selvagem. Uma cultura do meio selvagem começa algures neste terreno. A civilização faz parte da natureza - os nossos egos brincam nos campos do inconsciente - a história decorre no Holoceno - a cultura humana está enraizada no primitivo e no Paleolítico - o nosso corpo é um ser vertebrado e mamífero - e as nossas almas estão lá fora no meio selvagem."

"Fazem parte da primeira e última prática do meio selvagem: dar Graças."
April 1,2025
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Challenging read. Will likely return to this in the future.

"Bioreginal awareness teaches us in specific ways. It is not enough just to 'love nature' or to want to 'be in harmony with Gaia.' Our relation to the natural world takes place in a place, and it must be grounded in information and experience. For example: 'real people' have an easy familiarity with the local plants. This is so unexceptional a kind of knowledge that everyone in Europe, Asia, and Africa used to take it for granted. Many contemporary Americans don't even know that they don't 'know the plants,' which is indeed a measure of alienation."
April 1,2025
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¿Cuáles son los límites que pone la política a nuestra relación intrínseca con la naturaleza? ¿De qué forma es el lenguaje una herramienta más de conexión con la tierra que pisamos? ¿Cómo ser conscientes de la fusión que representa la naturaleza y el ser humano? Gary Snyder ha conseguido que me lleve estas y otras muchas reflexiones a mi día a día. Uno de los libros más reveladores que he leído.
April 1,2025
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Did not finish this book. Made it half way through but was really having to force myself along each bit. Felt like Snyder was deliberately pushing me away by jumping around topics and what I felt was a cumbersome style. I could never get into the flow. I only have some hundreds of books left in my life, so will leave this one aside.
April 1,2025
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Thought provoking. I'm not sure the right way to read this, but I took on the odd essay as I was able, in a vaguely ordered manner, and that seemed to go okay.
April 1,2025
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The same week I was reading this book I was trekking the St. Mary's riverbank daily and watching the progress of a huge tunnel sewer project that's supposed to stop our city from pouring untreated sewage into the river. Two of the three huge bald cypress trees that were brilliantly planted by the parks dept. in a low lying spring flood area were gone, bulldozed into oblivion. I could still smell them even though all that was left was a raw gaping maw where they'd been. My immediate response was OMG! they cut down my trees! I loved those trees, they made entering the park seem like going through the back of the wardrobe into Narnia. I walked away, almost crying and muttering, clean river, clean river. I wonder what will be planted in the area above the tunnel? I can't imagine they'll want trees with their bothersome roots anywhere in the vicinity. I hope all the carnage pays off with radically improved water quality.
April 1,2025
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Maybe it's me, but I don't think this book has aged well. The writer's flirtation with eastern religions seems off-putting at this stage in the eco-warrior game. I am at the point where I'm thinking, 'Did you fly there? To Japan and China and Australia? And did you find out that flying around the world is Not A Good Thing when you're playing at being 'wild'? This book too often strays into the field of romantic nostalgia for a time when the writer was chopping down trees (in a good way) because chopping down trees is now being done in a bad way (he thinks). I too think that things used to be better when I was young and so does everybody else. 'Twas ever thus.

But, if you want the serious take... This is a book in the grand old American tradition of Letters from an American Farmer and Walden. It's about how Americans feel guilty and alienated because they live in a land that they stole from the people who really belong there. It's about the opposition of savagery and civilisation (as it was conceived in the nineteenth century), about the snake in the garden, about the idolatry of Manifest Destiny. Europeans (like me) find it hard to relate to this feeling (though we can observe it at a dispassionate distance). I walk in the land of my ancestors, I see the plants and trees that Chaucer and Shakespeare saw and I drink the water that King Arthur drank. Americans are in the early stages of trying to construct their past in a way that enables them to feel connected to the land in which they live and so they write books like this, books about what it's like to be an immigrant who is trying to make a connection.

You may disagree.
April 1,2025
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The preeminent beat poet takes a look at human presence on Earth, reminding us of our guest status and the fact that we are neither alone or in control.
April 1,2025
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Brilliant. Swimming through the mind of a great like Snyder is a true delight.
April 1,2025
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Snyder's "Practice of the Wild" is an important book, similar to the kind of which you initiate a teen into adulthood, and in Snyder's thesis, he works to initiate the mind to freedom, wilderness, and what it means to be human. Snyder interweaves Buddhist texts, Asian poems and koans, American publications on nature, scholar texts on human psyche and psychology, bioregionality, anthropology, and tribal myths into a singular tour de force on how we humans, indeed, should practice, and so practice in the wild, only when we ourselves become a real person.

One gem in the book is on how Snyder captured the ancient and yet persisting thought and reason behind the intention to kill god and eat him, or her. The intention comes not from disrespect, but from the primal fear of the food-chain, that there is no death that is not somebody's food, no life that is not somebody's death. Unable to reason one's way out, he or she will conclude that the universe is fundamentally flawed, leading thus to a disgust with self, with humanity and with nature. To kill god and eat him is to terminate the notion of such irreconcilability. We are "so removed from the critical problem of life and death in our daily taking of food, that such distance enables us to be superficially comfortable yet distinctly more ignorant".

To practice in the wild is to realize that we too are offerings. To be human in modern days is to able to transcend beyond the increasingly narrower interpretation of life and death and our conditions.
Snyder reflected on this his whole life, and reminded us that because we have no more experiences of the wild, we thus possess no more ticket back to the spirit realm of the harmony of violence and impermanence in wilderness -- effectively forgetting that we are part of the system too, not out of it.
April 1,2025
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A diverse and interesting melange of essays that is part memoir, poetry, and philosophy about man and his relationship to the natural world. There are elements from China, Japan, and Native American cultures. It's like a Zen Thoreau. The essays at times seem unrelated to each other but at other times you can sense a seam uniting them. This book was written over twenty years ago and I wonder how the author feels now as it seems his message has been completely ignored. This is one of those books that has some parts that resonate with you and more parts that you just have to plow through to find the next gem, but afterwards you realize the joy is not in finding the gem, but in the plowing.
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