Çok eskiden okuduğum bir Orhan Pamuk romanı beni tekrardan çağırdı. Uzun zaman önce bir sahaftan aldığım kitabı okurken, hem kitabı ne kadar özlediğimi hatırladım, hem de içerisinde beni bekleyen bir sürpriz çıktı.
Her zaman eski sahafiye kitapları toplamayı severim, sıfır kitap almaktan ziyade. İçlerinde hep bir yaşanmışlık oluyor. Bazen kenarında yazılan bir tarih, bazen notlar, bazen altı çizili cümleler, bazen kurutulmuş çiçekler.
Kitabı açtığımda içerisine hemen tarih atılmış; 15 EKİM 1994 -SSA- diye. Kim okudu daha önce bu kitabı diye düşünürken kitap içerisinde zaten kayboldum. Zaten kitabında ilk cümlesi ‘’Bir gün bir kitap okudum ve bütün hayatım değişti.’’ Kitabın ortalarına doğru da iki tane muhteşem fotoğraf çıktı. Kimdi acaba onlar? Kitaba tarih atanın ailesi mi yoksa kitap el değiştirirken başkası mı koydu? Kafamda sorularla kitabı bir solukta bitirdim.
Orhan Pamuk kitaplarını bizim dilimizde yazdığı için çok şanslıyız. His works offer us a unique perspective and a rich exploration of various themes. The stories he weaves are not only captivating but also thought-provoking. Reading his books is like embarking on a journey through different worlds and emotions. We are truly fortunate to have his literary masterpieces available in our language.
Foi o primeiro livro de Pamuk que li e agarrou-me logo ali, nas primeiras páginas. A beleza da sua escrita é impressionante, apesar de estar escrito numa forma da qual não sou grande fã, o fluxo de consciência. Este método acaba por produzir momentos altos, mas também alguns menos interessantes. Daí que não lhe tenha atribuído 5 estrelas.
“A Nova Vida” é um livro que se lê pelo processo de chegar à resposta final, e não pela resposta em si. O que conta é o mundo e as personagens que Pamuk nos revela. Aqui fica evidente porque o livro se tornou um sucesso na Turquia. Podemos sentir as vivências e cultura contemporânea deste país à flor do texto, com deixas que farão provavelmente as delícias de quem melhor conhece a cultura do país. Não posso dizer que me tenha sentido muito distante, já que Portugal não está assim tão apartado da Turquia. E por vezes conseguimos mesmo perceber quais as analogias que poderiam estar a ser ali tratadas caso se falasse de Portugal.
Pamuk nunca deixa de brincar com o leitor. Mesmo fazendo uso do fluxo contínuo de pensamentos, a partir do meio do livro, há momentos em que ele fala diretamente para o leitor, interpela-o. E desta forma acaba por o transportar ainda mais para dentro de todo aquele universo. Estes avanços do autor acabam por inevitavelmente nos questionar sobre quanto daquilo, daquele personagem, fazem parte daquilo que aquele autor é, do quem ele é. Por isso sentimos que nos aproximamos do universo criado em Vida Nova, daquela Turquia cristalizada no retrato textual. E sentimos que essa vida não é mera história, mas é algo de mais pessoal e profundo, algo de real fundido com um ficcional talvez sonhado.
Pamuk entusiasmou-me e espero ler em breve \\"Vermelho\\" e \\"Neve\\".